Os taxistas de Curitiba propõem abrir mão do uso da bandeira 2 durante o mês de dezembro para reduzir o preço das corridas durante o fim de ano. A ideia é manter o valor da bandeira 1 para competir com aplicativos como Uber e Cabify. A mudança, no entanto, depende da Urbs, que regulamenta a configuração dos taxímetros na cidade.
De acordo com o presidente da União dos Taxistas de Curitiba (UTC), Eduardo Fernandes, a proposta visa atrair novos usuários para o serviço na capital. “A gente tem que, de alguma forma, trazer o cliente de volta e manter o que já temos. Esperamos que essa ação seja benéfica para isso”, explica.
A mudança no valor das bandeiras é regulamentada por uma lei municipal de 1995 que permite a cobrança de R$ 3,30 pelo quilômetro rodado ao invés dos R$ 2,70 normalmente utilizados. Segundo Fernandes, essa diferença nos preços não serve como um equivalente ao 13º salário, mas para compensar a queda no movimento e a cobrança de impostos como IPVA e licenciamento, normalmente cobrados já em janeiro.
No entanto, por causa da concorrência de aplicativos de transporte, a categoria pretende manter a bandeira 1. “A gente precisa se adaptar ao novo ritmo do mercado. A população tem um respeito e um apreço pelo táxi e não podemos deixar isso acabar por causa da oferta de outros serviços”, argumento o presidente da UTC.
Para que a mudança aconteça, contudo, é preciso que a Urbs autorize a alteração nos taxímetros. Em resposta ao jornal Tribuna do Paraná, o órgão afirmou ser favorável ao pedido e que trabalha nos trâmites legais para que isso seja implantado. Além disso, determinou que a definição pelo tipo de bandeira durante o mês de dezembro fica a cargo do próprio taxista.
De acordo com Fernandes, essa possibilidade de escolha entre a bandeira 1 e 2 é uma exigência da própria categoria. Ele conta que a proposta dividiu a opinião dos taxistas, já que nem todos querem abrir mão do ganho extra da bandeira 2. “Não tem cabimento obrigar quem não quer fazer essa redução. A classe está dividida devido à revolta com os aplicativos, porque muitos não querem tirar mais uma parte do seu ganho para competir com aplicativos”.
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