Um grupo de taxistas saiu em carreata do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana, até a prefeitura de Curitiba, no Centro Cívico. A manifestação chegou a deixar o trânsito lento no entorno da prefeitura por volta das 11h30, mas nada mais significativo. A dispersão ocorreu por volta de meio-dia. A carreata de táxis foi um dia depois do protesto de motoristas de aplicativos em Curitiba.
O protesto foi em apoio à votação da PL 5587/16, que regulamenta o serviço de aplicativos como Uber, Cabify e 99 POP. A mobilização foi uma orientação dos representantes da categoria que se encontram em Brasília, onde os deputados federais analisam nesta tarde as alterações feitas na proposta pelos senadores.
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Uma das principais mudanças que será apreciada é a que retira do município a atribuição de autorizar a atividade dos aplicativos, mantendo apenas a competência para fiscalizar o serviço. Outra emenda aprovada pelo Senado e que será discutida no plenário da Câmara é a que retira da proposta original a obrigatoriedade de que o condutor seja proprietário do veículo e do uso de placas vermelhas nos carros.
“Isso é para garantir mais segurança para a população. Tivemos até mesmo alguns motoristas de Uber agradecendo a gente porque sabem que se regulamentar vai melhorar para todos, principalmente com tanto crime violento que a gente tem visto aí”, aponta Antônio Marcos da Silva, de 54 anos, que há 22 trabalha como taxista.
Apesar disso, motoristas dos aplicativos se posicionam contra o projeto, apelidado por eles de Lei do Retrocesso. Em Curitiba, nesta segunda (26), um grupo deles se reuniu em um ato para pedir que a Câmara não deixe passar a proposta porque, segundo eles, inviabilizaria a continuidade dos serviços. Para a Uber, a questão das placas vermelhas, por exemplo, não convém porque se trata de “um processo burocrático, onde é a prefeitura quem decide se você pode ou não trabalhar”.
O Uber, inclusive, lançou uma campanha nacional com ações publicitárias nas rádios, TVs e mídias sociais afirmando que a PL 5587/16 tiraria o direito de escolha do consumidor. “Agora é a vez dos deputados federais. Eles vão ter que escolher entre ouvir você ou calar a sua voz e aprovar a Lei do Retrocesso”, anuncia a campanha.
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