Taxistas de Curitiba e Região Metropolitana vão participar de uma manifestação nacional para cobrar por mudanças no uso de aplicativos de transporte como Uber, Cabify e 99POP a partir desta segunda-feira (16). A previsão é que cerca de 85 táxis se encontrem em frente ao prédio da prefeitura, no Centro Cívico, durante a madrugada para iniciar uma viagem de 1,4 mil quilômetros em direção a Brasília, onde taxistas de outras 81 cidades brasileiras devem se reunir para a realização de um ato nacional na terça-feira.
Isso vai fazer com que, na capital paranaense, o número de táxis disponíveis na volta do feriado do Dia de Nossa Senhora Aparecida seja menor a partir das 5h de segunda. No entanto, segundo o presidente da União dos Taxistas de Curitiba (UTC), Eduardo Fernandes, essa concentração deve durar cerca de 30 minutos e não deve afetar o atendimento aos clientes.
Fernandes explica ainda que os taxistas sairão do Centro Cívico às 5h30 e devem encontrar motoristas de outras cidades do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul no caminho até chegar ao Distrito Federal em uma imensa carreata.
A previsão da UTC é realizar o trajeto em aproximadamente 22 horas, chegando ao destino na madrugada de terça-feira. “Lá, vamos descansar um pouco e nos encontrar com os demais taxistas do país”, explica Fernandes. O ponto de encontro em Brasília ainda será definido em reunião com a Polícia Militar do Distrito Federal e deve ser divulgado segunda-feira .
Outros protestos
Em Curitiba, o prefeito Rafael Greca (PMN) regulamentou por decreto o serviço de transporte individual de passageiros por meio de aplicativos, como Uber e Cabify. O decreto foi publicado no Diário Oficial do dia 19 de julho e passou a vigorar imediatamente.
Desde então, os taxistas têm realizado diversos protestos contra a regulamentação. Em 26 de julho, um motorista de 44 anos se acorrentou à Ponte Estaiada e outros taxistas passaram no local para apoiar o colega.
Já na segunda quinzena de agosto, quase 500 taxistas da capital paranaense passaram a oferecer corridas ao preço fixo de R$ 20, valor que poderia ser dividido em até quatro pessoas, ao custo de R$ 5 cada. Chamado de Táxi Solidário, o ato mostrou a insatisfação da categoria em relação à regulamentação dos aplicativos e ainda teve o objetivo de impactar o transporte coletivo, que cobra atualmente R$ 4,25 por passagem.
Antes do decreto, a categoria também realizou algumas manifestações a fim de evitar a regulamentação dos aplicativos de carona.
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