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Obra na Linha Verde na última sexta-feira (19): chuvas atrapalham o andamento dos erviços. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Obra na Linha Verde na última sexta-feira (19): chuvas atrapalham o andamento dos erviços.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

As constantes chuvas previstas até o fim de outubro em Curitiba geram uma correria nas equipes que tocam as obras da prefeitura. O mau tempo tem feito com que a Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP) monte e remonte o planejamento das equipes diariamente, conforme a possibilidade do que pode ser feito debaixo de chuva.

O tempo instável interfere nos prazos tanto de grandes obras – como a da Linha Verde Norte (BR- 476) e o início da trincheira no bairro Seminário –, como na programação de trabalhos menos complexos, como a pavimentação e manutenção de ruas. Pinturas de sinalização, colocação do recape asfáltico, manutenção de bocas de lobo entre outras etapas destes serviços menores sofrem interferência do mau tempo.

A pintura da sinalização da Rua Prefeito Omar Sabbag, por exemplo, no bairro Jardim Botânico, começou no dia 1.º de outubro. A maior parte do trabalho, cerca de 90%, já havia sido concluída até sexta-feira (19). Mas o serviço só não foi concluído antes por causa da chuva, já que as equipes precisam de pelo menos dois dias de sol para que a tinta se fixe no asfalto.

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Na quarta-feira (17), como a chuva mais pesada que chegou a derrubar árvores em Curitiba só veio no fim da tarde, Guacira explicou que foi possível cumprir boa parte do cronograma do dia, menos as pinturas. Além da Omar Sabbag, que teve os serviços paralisados, cerca de 600 metros da Rua Deputado Mário de Barros, no Centro Cívico, está sem sinalização e a pintura só deve ser feita quando o asfalto secar.

Há ainda ruas abertas para reciclagem da pavimentação na cidade nas quais ainda não foi possível colocar a camada de asfalto. “A população fica ansiosa e critica, principalmente quando o serviço de reciclagem precisa ser interrompido e vem chuva forte, deixando a via com lama. Mas pedimos a compreensão porque nos planejamos para fazer um serviço bem feito. São manutenções que vão durar os próximos 10 anos. Temos o mesmo cuidado com a pintura da sinalização, para não ter que refazê-la”, pondera a coordenadora. “Não adianta as empresas contratadas trabalharem apenas para mostrar rendimento. Nós temos metas e prazos, mas é preciso ter bom senso e entender que Curitiba tem essa característica da instabilidade do tempo”, reforça.

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A prefeitura informa que não tem um cálculo dos atrasos provocados pela chuva nas obras de revitalização e manutenção asfáltica. A justificativa é a necessidade de se manter um cronograma organizado por dia e manter as equipes alocadas nos serviços que podem ser feitos. Segundo a prefeitura, mesmo com chuva, as equipes não ficam paradas sem trabalhar.

Grandes obras

Conforme explica Mario Padovani, engenheiro do departamento de pavimentação da SMOP, quando o projetista elabora um projeto de trânsito para Curitiba, leva-se em conta a ocorrência de chuvas para definir o prazo de entrega da obra. E que esse cálculo para obras no meio urbano é corriqueiro, principalmente nas de grande porte, com as da Linha Verde, as obras da Trincheira na Rua General Mário Tourinho, no Seminário, ou as obras na Rua Konrad Adnauer, no Tarumã e a revitalização da Avenida Getúlio Vargas, no Rebouças. Todas essas obras causam grande impacto no trânsito e, segundo a prefeitura, estão dentro do prazo.

“Claro que não há precisão absoluta, mas os prováveis dias de chuva são levados em conta. Os possíveis impactos por atrasos que possam ocorrer, no entanto, só são considerados perto do fim dos trabalhos. Mas também há planejamento para recuperação de dias perdidos”, diz Padovani.

Segundo o engenheiro, um dia de chuva forte interfere em cerca de dois dias de obra. “Depende da etapa em que ela estiver. Numa escavação, não se consegue levar e buscar material durante uma chuva. Também não dá para entrar no canteiro com as máquinas. Em Curitiba, em qualquer execução de novas obras você pode ter esse problema”, aponta.

Outro ponto abordado por Padovani foi a percepção de obra parada. “Chove em determinado dia. No dia seguinte faz sol. Nem sempre a etapa da obra permite o reinício imediato do trabalho. A percepção da população é de que a obra está parada, mas o solo úmido nem sempre permite o retorno imediato”, explica.

Segurança no trânsito

A prefeitura orienta os motoristas a redobrarem a atenção ao transitar por trechos em obras, sejam a obras maiores ou as de revitalização. “Tem que ter cuidado. Se estiver chovendo, mais ainda, pois alguma sinalização pode acabar fora de lugar ou um buraco pode aparecer de forma inesperada”, alerta Mario Padovani.

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