Apesar do inverno mais quente dos últimos sete anos, 30 dias seguidos sem chuvas e de um aumento no consumo de água, Curitiba e região metropolitana não correm risco de desabastecimento ou racionamento em 2017. O nível médio das barragens que servem à capital está em 83%, e a água bruta disponível é capaz de garantir o abastecimento dos curitibanos e seus vizinhos por até seis meses sem chuva.
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Ao todo são quatro grandes reservatórios de água que abastecem Curitiba e região. Dois deles, o Piraquara I e Piraquara II estavam, nesta quarta-feira (20), com 100% de sua capacidade e hoje servem como reserva estratégica para a Sanepar. A represa do Passaúna está com 88% de sua capacidade, e a do Iraí, a maior de todas, opera com 67% de sua capacidade de água.
Os números, segundo a Sanepar, estão dentro da normalidade, apesar do consumo maior de água no comparativo com o ano passado. “A população pode ficar tranquila, pois não vai faltar água”, garante Antônio Carlos Gerardi, gerente da Sanepar. Em 2017 o consumo foi 7% maior do que em 2016.
A título de comparação, o nível da represa do Iraí baixou 1,40 metros neste inverno. O nível já chegou a baixar 4,50 metros e mesmo assim não houve racionamento. Ou seja, apesar das notícias de estiagem e baixa de reservatórios em outros estados ou mesmo cidades paranaenses, os curitibanos podem ficar tranquilos.
“Às vezes o visual dos reservatórios pode impactar quem passa por eles, mas temos um controle muito rígido e preciso sobre os níveis dos reservatórios”, disse Gerardi, que explicou ainda a opção pelo uso mais intenso do Iraí. Por questões operacionais, a Sanepar priorizou o uso da água represada ali, mas nos próximos dias deve utilizar a água dos outros reservatórios para equilibrar o consumo.
Miringuava
Mesmo sem risco de desabastecimento, a Sanepar segue a construção do reservatório do Miringuava, em São José dos Pinhais. Com capacidade de 38 bilhões de litros de água (a represa do Iraí, a maior da região, armazena 58 bilhões) a empresa garante que a grande Curitiba estará bem servida de água pelos próximos 15 anos.
“Mesmo assim já estamos projetando a conclusão de uma sexta represa, projetando o abastecimento da região pelos próximos 40 anos”, concluiu Gerardi.
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