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Eliana Aparecida Corrêa Freitas teve de ficar frente a frente com o assassino confesso de seu filho | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Eliana Aparecida Corrêa Freitas teve de ficar frente a frente com o assassino confesso de seu filho| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A mãe do jogador Daniel, Eliana Aparecida Corrêa Freitas, diz que reviver a morte de seu filho durante a primeira audiência de instrução e julgamento do caso é uma tragédia tão grande quanto o próprio assassinato do atleta. Ela veio a São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, na tarde desta segunda-feira (18) e encontrou pela primeira vez Edison Brittes Jr, assassino confesso do jogador, e sua família. “Ter que ficar de frente com esses monstros não é fácil, mas pela honra do meu filho, eu vou ser forte”, desabafa a mãe.

Eliana chegou ao Fórum de São José dos Pinhais por volta das 16h20 acompanhada de familiares. Vestindo uma camiseta com o rosto de Daniel e bastante emocionada, ela disse que fez questão de participar das audiências, mesmo não sendo obrigada. “Eu vim porque sempre acompanhei meu filho em tudo. E, agora que fizeram isso com ele, não vou abandoná-lo”, diz.

Veja também: Família Brittes chega algemada ao fórum para 1ª audiência do caso Daniel

Eliana diz ainda que precisou de acompanhamento psicológico para poder estar presente nas audiências, que devem se estender ao longo de toda a semana. “Me preparei, fiz terapia e fui ao médico para estar aqui representando ele”, conta. Além dela, a tia de Daniel, Iolanda Regina Corrêa de Assis, e a ex-mulher dele, Bruna Larissa Ferreira Martins, também estiveram presentes na primeira sessão.

Questionada sobre a relação de Daniel com a família Brittes, Eliana diz que o jogador era próximo de Allana, filha de Edison, e que ela chegou a frequentar o apartamento de Daniel algumas vezes em Curitiba e que há várias fotos deles juntos. “Eles falaram que não conheciam o meu filho, mas ele foi no aniversário dela de 17 anos. O pai primeiro falou para a gente que o Daniel era um querido, mas depois disse que não o conhecia”, relembra. “É uma mentira atrás da outra. Eles acusam para se defender”.

Eliane chegou acompanhada de familiares ao Fórum de São José dos PinhaisAndré Rodrigues/Gazeta do Povo

Presentes na audiência

Edison Brittes Jr não será ouvido nesta primeira sessão. No entanto, a Justiça permite que o réu conheça sua acusação por inteiro e, por isso, ele foi até o Fórum de São José dos Pinhais junto com o advogado que o representa, Cláudio Dalledone Jr. “A acusação é artificial e beira ao absurdo”, afirmou o defensor.

Brittes Jr. acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilitando a vítima de defesa), ocultação de cadáver, coação de testemunhas, fraude processual e corrupção de adolescentes.

Cristiana Brittes e Allana Brittes, esposa e filha do assassino confesso, também acompanharão a primeira audiência. Assim como Edison Brittes Jr, elas não serão ouvidas pela Justiça nesta segunda-feira. Cristiana e Allana estão presas na Penitenciária Feminina de Piraquara. Cristiana é acusada de homicídio qualificado por motivo torpe, coação de testemunhas, fraude processual e corrupção de adolescente. Já Allana Brittes responde por fraude processual, coação de testemunhas e corrupção de adolescente. A partir das audiências dos próximos dias, a Justiça definirá se os sete acusados irão ou não a júri popular.

O advogado voltou a dizer que o assassinato ocorreu após Daniel tentar estuprar Cristiana. Dalledone Jr. também explicou que a defesa vai tentar provar que Allana e a mãe dela não participaram do crime. “Aos poucos, se exclui a situação da Cristiane ou que ela e Alana tenham prestado auxílio”. “As testemunhas estão falando que Cristiana pediu a todo tempo que ele (Edison) parasse”, afirmou o defensor.

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