O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) registrou na noite de quarta-feira (19) um abalo sísmico de 2,8 graus de magnitude em Piraí do Sul, nos Campos Gerais, no Paraná. O terremoto ocorreu às 22h49, segundo informações coletadas pelas estações de medição. Várias pessoas também ligaram e mandaram mensagens para o Centro de Sismologia para avisar que sentiram o tremor de terra.
Esse foi o segundo terremoto registrado no Paraná em pouco mais de um ano. Em setembro de 2017, um tremor de 3,5 graus na escala Richter atingiu a região de Rio Branco do Sul, na Grande Curitiba.
De acordo com o Centro de Sismologia da USP, eventos como esses não são incomuns. “Eles podem ocorrer todas as semanas em qualquer parte do país e dificilmente causam algum dano relevante”, informou o instituto, que divulgou uma imagem do registro do tremor desta quarta-feira captado pela estação de Fartura (SP), que fica a 120 km do epicentro do terremoto. As possíveis causas do abalo sísmico não foram divulgadas.
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Bruno Eduardo Vidal, que trabalha numa panificadora no centro da cidade, conta que estava em casa deitado, mexendo no celular, quando sentiu o tremor. “Achei que fosse um trovão, senti que a cama e janela do quarto tremeram. Foi muito rápido. Cheguei a olhar para fora para ver se ia chover, só depois fui saber que era terremoto, porque todo mundo estava comentando”. Já alguns comerciantes da cidade ouvides pela reportagem relataram não sentiram o tremor algum, mas que souberam de muita gente que disse que sentiu.
De acordo com os Bombeiros Comunitários de Piraí do Sul, não houve nenhum chamamento por causa do abalo sísmico. Na cidade, os relatos são de que algumas pessoas sentiram armários, cristaleiras e janelas “tremerem”. Mas, até o momento, não se tinha notícia de algum fato de maior gravidade.
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Quem tiver relatos de tremores em Piraí do Sul, pode mandar para o Centro de Sismologia através do site da instituição.
Em pouco mais de dez anos, cidades do estado sentiram ao menos outros seis abalos sísmicos, sendo o maior de todos em 2006, quando um tremor atingiu a região de Telêmaco Borba, nos Campos Gerais.
Outros terremotos no Paraná:
Janeiro de 2006
Foi no dia 4 de janeiro quando abalos sísmicos atingiram sete cidades dos Campos Gerais e marcaram o terremoto mais forte no Paraná até agora. Moradores de Telêmaco Borba, Imbaú, Ortigueira, Reserva, Tibagi, Castro e Ponta Grossa sentiram tremores que chegaram a 4,3 graus da escala Richter. Os abalos sísmicos não deixaram feridos, mas o susto fez chover ligações ao Corpo de Bombeiros. A explicação para o tremor foi apenas uma acomodação do solo.
Novembro de 2006
No mesmo ano, Cascavel e Foz do Iguaçu, no Oeste, e Londrina, no Norte, chegaram a sentir o reflexo de um terremoto de 6,7 graus que atingiu a província de Santiago Del Estero, Norte da Argentina, a 900 quilômetros da fronteira com Foz do Iguaçu. O terremoto no país vizinho foi por volta das 23h30 do dia 14 de novembro e repercutiu no Paraná dois minutos depois. As seis estações sismográficas da Hidrelétrica de Itaipu registraram o abalo, que também teve reflexos no Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal. Não houve danos materiais ou vítimas, mas em Cascavel o susto foi grande.
Abril de 2008
Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro sentiram o impacto de um abalo de 5.2 graus de magnitude cujo foco foi a 270 km do litoral sul de São Paulo, no Oceano Atlântico. Curitiba também sentiu a terra tremer. Além da região central da capital, os bairros Boa Vista, Batel, Hauer, Novo Mundo, Portão, Água Verde, Alto da XV, Juvevê e Pinheirinho relataram a situação ao Corpo de Bombeiros.
Setembro de 2011
Moradores de Maringá, no Noroeste, sentiram um tremor no dia 2 de setembro de 2011, por volta das 11h, como reflexo do terremoto de 6,7 graus na escala Richter que atingiu a região de Santiago Del Estero, no Norte da Argentina. Um edifício comercial de seis andares na Avenida Brasil, uma das principais da cidade, chegou a ser evacuado.
Dezembro de 2015/ Janeiro de 2016
Especialistas tiveram de correr atrás para decifrar uma tremores registrados na região de Londrina entre dezembro de 2016 e janeiro de 2016. Foram ao menos 14 vezes abalos nesse período, e os tremores , que chegaram à magnitude de 1,8 grau na escala Richter, causaram rachaduras em diversas casas de Londrina e também nas vizinhas Cambé e Rolândia. Relatório do Centro de Sismologia da USP apontou que as causas foram realmente naturais.
Setembro de 2017
O terremoto na madrugada da última segunda-feira (18) , assustou moradores de Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba. Com 3,5 graus na escala Richter, muitos moradores não acreditaram se tratar de um abalo sísmico e formularam diversas teses para explicar o fenômeno. A população chegou a confundir os tremores com explosões a caixas eletrônicos, comuns na cidade. Outros, acharam que era explosão de rocha em uma das várias pedreiras do município. Em clima de piada, houve ainda quem ligasse os abalos aos mísseis lançados pela Coreia do Norte – país que tem deixado o mundo em alerta com constantes testes de seu arsenal nuclear.
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