O jovem Eduardo Purkote Chiuratto, de 18 anos, que chegou a ser considerado como sétimo suspeito da morte do jogador Daniel Corrêa de Freitas, mas depois foi considerado como testemunha, voltou a ser notícia depois de se envolver numa briga e acabar detido em Guaratuba, no litoral do Paraná. A confusão, que teve direito até a desacato a uma policial militar e encaminhamento a unidade de saúde para receber atendimento, aconteceu na madrugada desta terça-feira (5) na cidade litorânea e acabou na delegacia.
Conforme a Polícia Militar (PM), uma equipe que fazia policiamento por conta das comemorações do carnaval foi avisada que havia uma confusão entre dois rapazes, um deles Eduardo, que começaram a brigar perto de crianças. Os dois rapazes, segundo a PM, estariam alcoolizados e foi pedido que se retirassem da festa, “visando resguardar e preservar a integridade física e a segurança das demais pessoas presentes no evento”.
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Pouco tempo depois de a confusão ter sido controlada pelos policiais, Eduardo voltou ao local e teria tentado entrar no evento a força. Segundo o boletim de ocorrência da PM, ele empurrou uma soldado e, por isso, recebeu voz de prisão. Mesmo com a policial usando o bastão para se proteger, o rapaz fugiu.
Ele foi alcançado por um dos policiais e, neste momento, foi necessário o uso de força já que ele continuava resistindo e, segundo a PM, demonstrava certa habilidade em luta. Enquanto Eduardo era preso, um homem que presenciou a cena chamou os policiais de covardes e também acabou preso.
Os dois foram encaminhados à delegacia da Operação Verão, mas antes Eduardo precisou de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), por conta de ferimentos superficiais. Aos policiais, algumas testemunhas disseram que, um dia antes, Eduardo já tinha se envolvido em outra briga na festa. Na delegacia, os dois detidos assinaram um termo circunstanciado e foram liberados. A Tribuna do Paraná tentou fazer contato com o advogado que representa Eduardo Purkote, mas não o encontrou.
Caso Daniel
Eduardo foi apontado inicialmente como um dos suspeitos de envolvimento na morte do jogador Daniel, assassinado depois de uma festa na casa da família Brittes, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O rapaz chegou a ser preso depois do depoimento de uma jovem que estava na casa, Evellyn Brisola, 19 anos, que afirmou que ele teria participado das agressões, mas foi solto dias depois e não foi indiciado pela Polícia Civil e também acabou não denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), o tornando, então, testemunha do caso.
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Em seu depoimento, Eduardo disse que não foi a pessoa que arrombou a porta do quarto em que Daniel estava e negou ter entrado no quarto no momento em que o jogador era agredido. Ele também negou ter quebrado o celular do jogador e disse não ter agredido ninguém, afirmando que estava num ambiente separado da casa, com outros convidados, quando começou a gritaria e as agressões.
Além de Eduardo Purkote, outras seis pessoas foram apontadas como suspeitas do crime que levou a morte de Daniel: Edison Brittes, Cristiana Brittes, Allana Brittes, David Willian Vollero da Silva, Ygor King e Eduardo Henrique Ribeiro da Silva.