Cerca de 30% dos veículos guinchados em Curitiba não são procurados pelos proprietários. Com isso, os que permanecem no pátio da prefeitura por mais de 60 dias são encaminhados para leilão, cujo trâmite total leva mais um mês para regularizar a documentação da venda. Até esta terça-feira (10), 519 dos 1.356 veículos guinchados por estacionamento irregular ou abandono nas ruas desde março ainda aguardavam resgate. O principal motivo para os proprietários não reaverem seus veículos é o alto custo, que pode ultrapassar R$ 5 mil.
Um dos veículos estacionado no pátio, por exemplo, foi removido no dia 16 de março por estar em local proibido no bairro Cabral. Esse carro - um Chevrolet Montana 2014 - está em bom estado e já poderia ter voltado às ruas. Mas, se o dono decidisse retirá-lo nesta terça, precisaria desembolsar R$ 5.311,15.
- Tabela do guincho em Curitiba - confira as tarifas para recuperar veículos guinchados
Esse valor corresponde às taxas do serviço de guincho e às diárias que o veículo fica no pátio - não está incluído o valor da multa. No caso deste Chevrolet Montana, o serviço de remoção custou R$ 232,18 e cada uma das 117 diárias teve valor de R$ 43,41. Além deste montante, o proprietário teria que quitar outros débitos, como multas e IPVA.
Leia também: Denúncias de carros abandonados ou estacionados em local proibido crescem 30%
Caso o dono não queira gastar esse valor para ter seu carro de volta, o veículo será leiloado. Segundo a Superintendência Municipal de Trânsito (Setran), o processo de leilão é iniciado 60 dias após o guinchamento. “Depois desse prazo, o caso vai para a empresa responsável por esse serviço”, explica Claudionor Agibert, diretor de Fiscalização da Setran.
O primeiro lote que será leiloado desde o retorno do guincho tem 220 veículos que já ultrapassaram o prazo de 60 dias no pátio. Entre eles estão carros em bom estado removidos por infrações de trânsito, que podem ser resgatados até a semana do leilão, e também os que foram abandonados nas ruas. “Esses acabam negociados como sucata ou para reaproveitamento de peças”, explica Agibert. O próximo leilão deve acontecer entre os dias 15 e 20 de agosto.
Como proceder ao ter o carro guinchado?
Para evitar que o veículo vá a leilão, o proprietário de um veículo guinchado deve procurar o pátio do guincho- Rua Alberto Klentz, 310, no Portão - o quanto antes para evitar que o débito aumente com as diárias. O telefone para contato é mencionado no adesivo deixado no local de onde o veículo foi guinchado.
Ao se dirigir ao pátio, o proprietário deve levar documentos pessoais e também os do veículo para dar início ao processo de resgate. “Assim, o dono acompanhará a soma dos débitos de seu veículo, fará o pagamento do boleto e poderá retirar o carro logo depois”, explica o diretor da Setran.
Remoções desde março
O serviço de guincho foi contratado pela prefeitura de Curitiba em março, após anos sem atuar. Desde então, foram guinchados 1.113 carros por estacionamento irregular e 196 por abandono. Também foram removidas 47 caçambas para remoção de resíduos que não tinham autorização da Setran. Mais de 300 desses veículos ainda aguardam o encerramento do prazo de 60 dias para, então, serem conduzidos a leilão.
Valor para recuperar veículos guinchados:
Motos
Remoção R$ 118,93 | Diária R$ 25,38
Veículos de até 3,5 toneladas
Remoção R$ 232,18 | Diária R$ 43,41
Veículos acima de 3,5 toneladas
Remoção R$ 281,47 | Diária R$ 55,96
Caminhões e ônibus
Remoção R$ 471,84 | Diária R$ 83,51
STF inicia julgamento que pode ser golpe final contra liberdade de expressão nas redes
Plano pós-golpe previa Bolsonaro, Heleno e Braga Netto no comando, aponta PF
O Marco Civil da Internet e o ativismo judicial do STF contra a liberdade de expressão
Putin repete estratégia de Stalin para enviar tropas norte-coreanas “disfarçadas” para a guerra da Ucrânia