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| Foto: Angieli Maros/Gazeta do Povo

Quem foi à Arena da Baixada, no bairro Água Verde, para assistir à partida entre Brasil e Sérvia pela Copa do Mundo teve de encarar outro desafio antes mesmo de a bola rolar: a disputa por uma vaga de estacionamento. As poucas vagas disponíveis no bairro foram rapidamente tomadas por torcedores e quem ainda tinha esperança de deixar o carro próximo ao estádio teve de desembolsar o valor cobrado por flanelinhas.

Foi o caso do torcedor Helemã Moraes, de 25 anos, que precisou procurar muito um lugar para estacionar e, ainda assim, apelou para a pechincha antes de parar o carro. Ele conta que o flanelinha cobrou inicialmente R$ 20, mas que abaixou para R$ 15 depois de muita negociação. “Estacionamento por aqui tá R$ 30, aí achei melhor parar na rua. Mas fazer o que. Paguei para ele não riscar meu carro”, diz.

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E os valores variam bastante. Enquanto Helemã encontrou uma vaga por R$ 20, a reportagem encontrou outros um pouco mais baratos, com preços a partir de R$ 10.

Por outro lado, quem comemora são os próprios flanelinhas, que apontam um movimento maior nesta quarta-feira do que na última sexta, quando a Seleção Brasileira enfrentou a Costa Rica. “Sexta, o jogo foi de manhã. O pessoal parou e tinha que voltar para o trabalho. Agora, quem saiu meio-dia não volta mais”, conta um dos flanelinhas, que não quis ser identificado. Segundo ele, quem foi ao estádio assistir à partida já vai emendar e ficar para o show.

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Nos estacionamentos pagos, o valor é o mesmo: R$ 30 em todos. Mas quem esperava já estar com todas as vagas ocupadas reclama. “Na sexta passada, abrimos 6h30 e, às 8h30, já estávamos lotados. Hoje, ainda tem muito lugar”, comentou Fernando Santana, 33, que trabalha em um estacionamento na Rua Dr Pedro Augusto Mena Barreto.

A reportagem não encontrou agentes da Superintendência Municipal de Trânsito (Setran) na região da Arena da Baixada. Já a Polícia Militar acompanha a movimentação com viaturas e até mesmo com a Cavalaria.

De acordo com a corporação, o envio das tropas montadas não tem nada a ver com o princípio de confusão registrado no último jogo e que o esquema de segurança muda conforma a expectativa de público. A expectativa da organização do evento é que cerca de 14.700 pessoas.

Ambulantes

Mesmo em dia de jogo do Brasil na Copa, é preciso criatividade para faturar com comércio de rua no final do mês. Por isso, muitos ambulantes que decidiram vir para perto da Arena da Baixada nesta quarta planejaram um esquema diferencial. Arminda Alves, de 54 anos, por exemplo, veio ajudar o marido já sabendo que iria encontrar muito torcedor decepcionado por não conseguir entrar no estádio. Por Isso, eles trouxeram uma caixa de som que acaba funcionando como chamariz por quem quer acompanhar o andamento da partida. “Na vez passada nós trouxemos uma menor e notamos que o pessoal ficou parado aqui perto. Não ajuda muito assim a vender, mas o que ajuda já vale”, comentou. Dona de casa quando não está ajudando nas vendas, Arminda disse ainda que para o próximo jogo ela e o marido estão providenciando guarda-sol a mais. “Se tem sol eles vêm aqui pra baixo. Se tem chuva também. Então vamos agradar”.

Pela Rua Buenos Aires, Cleusa da Luz, de 56 anos, sobre e desce com seu carrinho oferecendo cerveja, refrigerante, água e energético. À vista é bom, mas se não tem dinheiro, ela aceita cartão. “A maioria do pessoal aqui é jovem que geralmente não tem muito dinheiro, né. E no cartão é bem mais fácil de eles gastarem”, analisa.

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