Seja você um turista conhecendo pela primeira vez a capital dos paranaenses, seja um morador antigo da cidade, é possível que alguns pontos turísticos importantes tenham passado batido na última caminhada pelo centro de Curitiba.
São eles os relógios históricos — alguns marcando as horas desde os anos 1800 —, que estão espalhados pelas ruas, avenidas e calçadões, como pequenos servidores do público, prontos a anunciar as horas.
Nem todos, claro, estão com os ponteiros ajustados e é importante revisar o horário em outro aparelho, só para ter certeza. Mas alguns são pontuais e, além do serviço, servem de ponto turístico, área de descanso ou mesmo ponto de referência para encontrar os amigos, a família ou os amores.
E não se preocupe com o tempo! Em um passeio rápido, de menos de uma hora, é possível conhecer pelo menos sete desses relógios históricos. A Gazeta do Povo fez o percurso na manhã deste sábado (03) de frio e sol, confira:
Rua 24 horas
O nome da rua já indica a importância do tempo. Inaugurada em 1991 e revitalizada em 2011, a Rua 24 horas traz não um, mas dois relógios enormes, localizados em cada uma das entradas da travessa: na Rua Visconde de Nácar e na Rua Visconde do Rio Branco.
Quem quiser saber as horas, porém, deve buscar outros meios. Ambos os relógios estão errados — um deles, inclusive, sem um dos ponteiros. Mas o local oferece bem mais que o (não) anúncio do horário. Na rua há lojas de roupas, chocolates, perfumes e cosméticos, presentes, barbearia, ótica, além de restaurantes e cafés.
Praça General Osório
Ao atravessar a Rua Visconde de Nácar, quase em frente a Rua 24 horas, está a entrada da Praça General Osório. Mas, para conhecer o relógio, é preciso cruzá-la em toda a sua extensão.
Nesse caminho, o turista passará por três ruas escondidas, localizadas ao lado direito da praça: a Travessa Jesuíno Marcondes, Rua Senador Alencar Guimarães e a Rua Voluntários da Pátria. Ali estão alguns segredos bem guardados do comércio local, com lojas de marcas conhecidas, mas que oferecem valores bem abaixo dos preços praticados em shoppings centers e outros bairros.
Quem preferir peças mais artesanais, a Praça Gal. Osório também é conhecida pela feirinha, que surge no início de cada estação. A de inverno já acabou, mas logo vem a de primavera, nas primeiras semanas de setembro.
Ao voltar para a praça, logo na divisa com o início do calçadão da rua XV, está ele: o relógio imponente, marcando as horas corretamente.
Rua XV de Novembro
Exige-se muita atenção para quem quiser encontrar o relógio digital da Rua XV de Novembro. Não por que ele esteja escondido do público, bem pelo contrário, mas porque o calçadão acumula tantos atrativos, sons, imagens e cores que facilmente podem distrair o passante.
Para não errar: o relógio está bem próximo da esquina com a Alameda Dr. Muricy, localizado no lado esquerdo para quem caminha da Praça Osório. Antes de chegar ao relógio, o turista pode se perder entre as dezenas de artistas de rua, pintores, cantores, e o Palácio Avenida, que todos os anos promove o coral de Natal.
Agora, se a ideia é se informar pelo relógio digital, cuidado. Além de estar com os números bastante apagados, ele indica o horário de verão, e não o horário de Brasília, em pleno inverno. Os minutos, porém, estão certos, bastando que o turista reduza uma hora.
Relógio de sol
Quem passar pela Praça Tiradentes e não encontrar o relógio de sol, não deve se preocupar. É difícil mesmo. O relógio, que está localizado em um prédio onde era, antigamente, a farmácia Stellfeld, não tem qualquer sinalização. Só uma pessoa atenta, ou curiosa a ponto de perguntar a outros transeuntes se eles conhecem o tal objeto histórico, conseguiria enxergá-lo.
Para que você não passe pela mesma dificuldade: o prédio onde está o relógio fica localizado em frente a Praça Tiradentes, logo acima das lojas Casa China, Pé de Moleque e uma loja de roupas e calçados. Se estiver olhando para a Dois Corações ou a Farmácia Nissei, você passou do ponto certo.
Inaugurado em 1857, o relógio de sol é bastante confiável. Talvez não os minutos, mas as horas, sim. Agora, quem busca um horário correto, basta olhar para o outro lado da praça, para os dois relógios da catedral de Curitiba.
Catedral
Marcando pontualmente 11h40, tal qual o meu relógio de pulso e o celular, estão os dois relógios da catedral de Curitiba. Um de cada lado, os relógios não são a única atração do prédio. Quem olha um pouco acima, vê que há também dois anjos que "olham" as pessoas lá do alto. Conheça a histórias deles.
Para quem estiver a passeio, é ali na Praça Tiradentes o ponto de saída do ônibus de turismo. Quem quiser conhecer o trajeto e histórias de quem já percorreu a linha, veja aqui.
Relógio do Paço e Raeder
Praticamente em uma mesma quadra estão localizados cinco relógios históricos de Curitiba: começando pelo relógio do sol e os dois da catedral na Praça Tiradentes, o grande relógio no Paço municipal e o relógio Raeder, escondido no começo da Rua Riachuelo.
Ninguém poderia estar mais informado das horas do que naquele lugar. Mas a região oferece muito mais. Em frente ao Paço está o Mercado das Flores e logo na rua abaixo está o comércio variado do calçadão da XV de Novembro. Quem seguir a Praça Tiradentes estará próximo da Biblioteca Pública do Paraná e, se quiser voltar, pode tomar um café enquanto aprecia o movimento no próprio Paço.
Sem sair muito do caminho, no início da Rua Riachuelo, mais uma relíquia: o relógio Raeder. Embora não esteja muito bem cuidado, ele funciona.
Abaixo dele, um brechó de roupas e as dezenas de lojas de móveis que são a característica da Rua Riachuelo. Sem perder tempo, o passeio por sete relógios históricos durou menos de uma hora, mas pode levar mais se o turista souber aproveitar a cidade.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas