• Carregando...
Com aumento no consumo de mel para fazer bolachas típicas, muitos se aproveitam para vender produto falso | Daniel Castellano / Gazeta do Povo/Arquivo
Com aumento no consumo de mel para fazer bolachas típicas, muitos se aproveitam para vender produto falso| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo/Arquivo

Imprescindível na mesa das comilanças natalinas, as bolachas de natal são as principais iscas para o golpe do mel falso - que vem somando cada vez mais episódios em Curitiba e Região Metropolitana no último mês, de acordo com a Associação Paranaense de Apicultores (APA). Isso porque o doce leva mel como um de seus principais ingredientes, o que acaba aumentando as brechas de mercado para comerciantes que vendem o produto ilegítimo - geralmente xarope de milho com corante - a um preço até 40% menor.

Leia também: Idoso morre com mais de 100 picadas de abelhas no Norte do Paraná

“Sempre quando chega a época do Natal percebemos isso. É quando as famílias fazem bolacha de mel, aquele produto que a vó e a mãe fazem para a família inteira e já virou tradição. Então muita gente se aproveita”, pontua o presidente da APA, Sebastião Ramos Gonzaga .

Embora a APA não saiba quantificar o quanto cresce a venda de mel falso no período próximo ao Natal, a entidade reconhece um aumento significativo de produtores que se deparam com concorrência desleal nesta época do ano. Segundo Gonzaga, a difícil identificação a olho nu do que seria mel verdadeiro ou não ajuda a fomentar esse mercado paralelo.

De acordo com o presidente, em muitos locais o preço do quilo do mel falso pode chegar a custar até 40% a menos. “Hoje o preço do quilo do mel é de R$ 30. Quem vende mel falso pode cobrar R$ 18, mas nós alertamos: desconfie e não compre o muito barato, porque o muito barato sai caro. O produto bom é aquele que tem preço justo”.

A APA ressalta que a falta de higiene é um dos problemas mais críticos apontados em relação ao comércio de mel falso. É que, sem registro, os vendedores e produtores não são submetidos a análises de autoridades que regulamentam a venda do produto, como o Ministério da Agricultura e a Vigilância Sanitária, por exemplo. “Mesmo com vigilância direto, os falsários também são muito hábeis. Eles mudam de endereço, mudo o rótulo do produto e até a estrutura física do pote. É difícil de serem apanhados”.

A prefeitura de Curitiba informou que a Vigilância Sanitária faz ações de fiscalização a partir de denúncias recebidas. Neste ano, foram oito denúncias sobre mel falsificado em Curitiba. Quatro delas resultaram em autuações, com apreensão do produto e multa.

Veja dicas de como se livrar do mel falso

Conforme Gonzaga, presidente da Associação Paranaense de Apicultores, não é fácil identificar rapidamente o mel que não é verdadeiro. Mesmo assim, algumas dicas podem ajudar. Veja:

-O mel falsificado tende a ser bem mais líquido do que o verdadeiro

-Fique atento ao selo do Serviço de Inspeção Federal (S.I.F.). Na dúvida, você pode consultar o número do registro no site do ministério.

- Coloque um pouco de mel em um copo com água. Se ele se dissolver é porque é falso, geralmente com muita concentração de açúcar.

- Outra dica e passar um pouco do produto no dorso da mão. O mel verdadeiro é absorvido como se fosse um hidratante. Já o falso se torna pegajoso demais e é repelido pela própria pele.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]