A reabertura do comércio e a volta às aulas no Paraná nesta quarta-feira (10) no momento mais grave da transmissão do coronavírus, com o sistema de saúde a caminho do colapso, ligou mais uma vez o alerta em relação a um problema que o poder público não consegue gerir desde o início da pandemia: a lotação do transporte coletivo. Para conter aglomerações, o comércio de rua reabre com horário especial, das 10 h às 17 h de segunda a sexta-feira, com 50% de ocupação.
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Tanto a Urbs (empresa municipal que gestora do sistema em Curitiba) quanto a Comec (órgão do governo do estado responsável pelas linhas da região metropolitana) orientam os passageiros a não entrarem em ônibus lotados. A orientação para evitar aglomerações nos ônibus vem justamente no momento em que o Paraná é disparadamente o estado com transmissão mais avançada em todo o Brasil, com média móvel nos últimos sete dias - dados de terça-feira (9) - de 95,97 infecções por 100 mil habitantes. O segundo estado mais acelerado é o Rio Grande do Sul, com média móvel de 67,22 casos por 100 mil habitantes.
“Faço apelo aos comerciantes que nos ajudem em respeitar os horários para não fazer o funcionário chegar mais cedo”, solicita a secretária Municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, em entrevista ao jornal Meio Dia Paraná, da RPC. Segundo Márcia, a Urbs colocou 100% da frota para circular. “A gente pede à população que se puder não entre em ônibus lotado”, completa a secretária de Saúde de Curitiba.
Já a Comec informa que a maioria dos passageiros das linhas que ligam as cidades da região metropolitana à capital ainda busca os horários tradicionais de embarque, o que acaba causando lotação dos ônibus.
“Na região metropolitana, 78% dos usuários ainda utilizam o sistema no horário de pico, entre 5h30 e 7h30 e entre 17h e 18h30. Fora desses horários, os ônibus circulam muitas vezes vazios”, enfatiza o presidente da Comec, Gilson Santos, em entrevista à Agência Estadual de Notícias. “Precisamos fazer com que as pessoas utilizem os ônibus nestes horários mais vazios para que haja um equilíbrio”, complementa Santos, referindo-se à possibilidade de os passageiros embarcarem um pouco antes ou depois de seus horários convencionais.
Assim como a secretária de Saúde de Curitiba, o presidente da Comec apela para que os patrões flexibilizem os horários de seus funcionários para evitar a lotação dos ônibus.
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