Uma mulher de 24 anos e uma criança de aproximadamente 1 ano foram atropeladas por um trem no início da tarde desta terça-feira (23), na região da Vila São Domingos, no bairro Cajuru, em Curitiba. Tanto a mulher quanto a menina, que estava em um carrinho de bebê, ficaram gravemente feridas.
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O motorista de aplicativo Halefer Christian Stoqueiro Silva, 25 anos, foi quem prestou os primeiros socorros. Ele seguia pela rua Osíris Del Corso sentido Pinhais e parou quando escutou quando o trem se aproximando. "Ela cruzou na frente do meu carro com o carrinho. A bebê estava de cinto, o trem apitou bastante, mas parece que ela não viu. Para não pegar na criança, ela atirou o carrinho pra longe. Eu estava com um passageiro, mas desci para ajudar”, relatou.
O acidente ocorreu por volta das 14h próximo a uma unidade de saúde. A mulher que foi atropelada seguia para o posto, onde tinha uma consulta marcada. De acordo com a prefeitura, equipes que trabalhavam na unidade básica se deslocaram para fazer os primeiros socorros, mas menos de cinco minutos depois uma equipe do Siate assumiu o atendimento. A prefeitura não deu detalhes do estado de saúde das vítimas.
Conforme Stoqueiro, a criança teve ferimentos na cabeça, e a mulher ficou inconsciente. “Depois, chegou mais gente para ajudar e eu chamei o Siate. Os socorristas reanimaram ela”, explicou o motorista.
A jovem foi encaminhada de ambulância com ferimentos graves para o Hospital do Trabalhador. A bebê seguiu com a avó, também de ambulância, para o Hospital Cajuru.
Segurança
Dona de uma loja próxima ao cruzamento onde ocorreu o acidente, Ivani Salete Santin, 56 anos, também ajudou a socorrer a criança. "O bebê tinha muito sangue na cabecinha e chorava muito, mas os enfermeiros do posto atenderam muito rápido. Depois, a gente ainda levou a mochila e o carrinho para o posto porque ficou tudo jogado ao lado do trilho", acrescentou.
Segundo Ivani, o trem apitou bastante antes de se aproximar do cruzamento, como é de praxe. "Esse trem sempre faz muito barulho quando chega aqui perto. Tanto que se ele pudesse ir embora de vez, ia ser melhor pra todo mundo" desabafou a proprietária.
Perto do cruzamento há um Centro Municipal de Educação Infantil com cerca de 130 crianças matriculadas. Moradores da região informaram que já pediram uma passarela elevada no local para evitar que as famílias corram riscos ao levar os filhos para a creche. “É uma reivindicação antiga. Esse não é o primeiro acidente de trem que ocorre aqui. Muita gente cruza a linha a pé todos os dias”, contou Karyne Hellen Policha, 37 anos, funcionária do CMEI.
No local, seguranças da empresa Rumo, responsável pelo trem, faziam a coleta de informações sobre a ocorrência, para investigação dos motivos do acidente. Nenhum deles deu entrevista.