Tubarão-macko de 2,2 metros acabou morrendo na praia de Guaratuba.| Foto: Divulgação/Centro de Estudos do Mar (CEM).
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Um tubarão-mako foi encontrado encalhado no balneário Eliana, em Guaratuba, no litoral paranaense, na manhã desta quarta-feira (19). O animal – da espécie que é considerada a mais rápida do mundo e que pode chegar à velocidade de 74 km/h – estava com uma marca de anzol e foi encontrado ainda vivo. Quando pesquisadores do Centro de Estudos do Mar (CEM), da Universidade Federal do Paraná (UFPR) chegaram ao local, o animal já tinha morrido.

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Antes, como mostra um vídeo compartilhado nas redes sociais, dois homens puxaram o animal pelo rabo para longe da água, enquanto ele se debatia na areia. Um inquérito para investigar o caso já foi aberto. A delegada Fernanda Lima Moretzsohn de Mello, da Operação Verão, informou que a investigação está em andamento para apurar a conduta das duas pessoas. “Vamos verificar com os órgãos ambientais se o fato deles terem arrastado o tubarão pode ter sido a causa da morte. Um laudo deverá ser feito para confirmar isso”, disse.

Ainda de acordo com a delegada, os homens podem responder por crimes ambientais. “Os maus tratos e a questão da pesca ilegal devem ser avaliados, pela presença de machucado no animal, que pode ter sido causado com o uso de anzol”, apontou. A polícia também informou que testemunhas estão sendo ouvidas e equipes já estão nas ruas para apurar os fatos.

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A coordenadora do CEM, Camila Domit, explicou que a espécie é migratória e, por isso, a importância de ser encaminhado para estudo no laboratório. “Eles trazem informações importantes sobre a situação do oceano, bem como o ambiente, doenças, compostos químicos, entre outros”, explicou a coordenadora.

O tubarão, de aproximadamente 2,2 metros, foi recolhido por pesquisadores e encaminhado ao Laboratório de Ecologia e Conservação do CEM.

Casos diferentes

No último dia 9 deste mês, um surfista afirmou ter sido atacado por um tubarão também em Guaratuba, mas a coordenadora esclarece que os casos não têm relação alguma. “Aquela marca de mordida claramente é de um peixe ósseo e não de um cartilaginoso como os tubarões são. Provavelmente quem mordeu o surfista foi uma cavala ou um peixe espada”, explicou a coordenadora.

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