• Carregando...
Posto de Saúde Medianeira, no Boa Vista, está fechado desde sexta-feira (5) | Aniele Nascimento/Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Posto de Saúde Medianeira, no Boa Vista, está fechado desde sexta-feira (5)| Foto: Aniele Nascimento/Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Uma semana depois de confirmar que quatro idosos tiveram infecção bacteriana após receberem a vacina contra a gripe em Curitiba, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) ainda não tem um diagnóstico sobre o que causou o problema. A unidade básica de saúde (UBS) Medianeira, no bairro Boa Vista, onde os pacientes envolvidos foram imunizados, todos no mesmo dia, permanece fechada desde a sexta-feira (5). Não há previsão de quando a estrutura será reaberta.

Três mulheres e um homem com mais de 60 anos apresentaram complicações. A vacinação deles ocorreu em 27 de abril. Logo após isso, eles foram internados. Uma das mulheres teve alta nesta quarta-feira (10) e outra permanece em estado grave, de acordo com a secretaria. Os quatro pacientes são acompanhados por equipes da Saúde.

As investigações sobre o problema na vacinação, conforme a pasta, devem levar, pelo menos, mais cinco dias. Os quatro pacientes apresentaram sintomas de doença bacteriana. Para investigar as causas, amostras estão sendo cultivadas.

A superintendente de Vigilância e Saúde de Curitiba, Juliane Oliveira, explicou na semana passada que os pacientes que reagiram à aplicação com quadros infecciosos foram submetidos a exames. Os resultados ajudarão a esclarecer as causas. “Continuamos investigando todas as hipóteses e ainda não podemos afirmar onde foi a falha. Ainda esperamos os resultados dos exames laboratoriais que vão identificar qual bactéria causou as infecções nestes pacientes”, afirmou.

De acordo com a SMS, nenhum novo caso foi registrado na cidade deste então. Os usuários do posto Medianeira estão sendo redirecionados para as unidades Pilarzinho, Abaeté, Barreirinha e Santa Efigênia. Um processo administrativo foi instaurado para apurar responsabilidades.

Por causa desse cenário, a SMS divulgou um número de telefone de plantão para que a população possa tirar dúvidas sobre a campanha de vacinação - (41) 99961 5194. O serviço funciona 24 horas por dia.

Sintomas

Quem tomou a vacina deve ficar atento a sintomas como dor e vermelhidão persistentes e que se estendam além do local onde a vacina foi aplicada. As reações comuns são ardência e sensibilidade no local da aplicação, que geralmente passam em dois dias. Manifestações gerais leves, como febre, mal-estar e mialgia podem começar entre seis e 12 horas depois da vacinação e persistir por um a dois dias.

Segundo a SMS, ainda não foram identificados problemas com a vacina, produzida com vírus fragmentado e inativo. O imunizante contra gripe é seguro e não causa a doença. As doses dessa campanha são trivalentes, com componentes dos vírus H1N1, H3N2 e B, e estão disponíveis nos postos de saúde para pessoas mais suscetíveis a desenvolver complicações devido ao vírus.

Neste sábado, Curitiba será palco de uma mobilização nacional da campanha de vacinação, o chamado Dia D, que acontece em 25 unidades de saúde.

Balanço

Desde o dia 17 de março, 262.683 pessoas foram vacinadas contra a gripe em Curitiba. Os números indicam que mais da metade da população indicada para ser imunizada contra a gripe recebeu a vacina.

Segundo o novo balanço da SMS, 55,2% do público-alvo foi imunizado. O número de idosos imunizados subiu para 144.709, 72% da meta. Da estimativa de 3.060 puérperas (mães até 45 dias depois do parto), 3.415 (111,6%) procuraram a vacina.

Ainda de acordo com a campanha, 7.702 gestantes procuraram as unidades de saúde, 41,4% da meta. E 38.030 crianças, 37,4% da meta estabelecida. A campanha vai até o dia 26 de maio.

Os agentes de saúde indicam a vacinação para crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos 11 meses e 29 dias); gestantes; puérperas (até 45 dias após o parto); adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medida socioeducativas; população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional; trabalhadores da saúde; povos indígenas; idosos com 60 anos ou mais; pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; e professores das escolas públicas e privadas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]