Após vários adiamentos, a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Tatuquara, na região Sul de Curitiba, vai ser finalmente inaugurada na próxima segunda-feira (22). Cerca de 100 mil moradores dos bairros Tatuquara, Caximba e Campo de Santana devem ser atendidos pela estrutura.
Com previsão inicial de término para janeiro do ano passado, a obra foi concluída apenas no fim de 2016. A entrega ocorreu em dezembro, mas, por falta de funcionários e equipamentos, a UPA não estava funcionando.
Sem a unidade 24 horas no bairro, os moradores tinham que se deslocar até unidades mais distantes para ser atendidos. “Tem que ir pro Pinheirinho, pra CIC, lá para o Hospital do Trabalhador, aí vai o dia inteiro”, conta a diarista Vera Lúcia de Proença, 46. Para a dona de casa Heloísa Cristiana de Souza, 20, que tem uma filha pequena, o deslocamento também tem sido o maior problema em relação a emergências na saúde. “Agora vai ficar mais perto, fora poder atender as outras pessoas que precisam e que não têm condições de pagar um plano”, diz.
A dona de casa Miguelina Mendes, 46, acredita que a nova unidade será importante no dia a dia dos moradores. “Faz muita falta aqui no bairro mesmo. Tem que ir pra outros bairros”, afirma.
Restaurante engatilhado
Enquanto a UPA está com data marcada para ser inaugurada, outras promessas de obras para o bairro ainda não saíram do papel. Desde que assumiu o município, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), tem visitado as dez regionais administrativas da capital. Em visita à regional do Tatuquara, em 27 de janeiro, ele solicitou que os espaços vazios das Ruas da Cidadania sejam aproveitados e que um estudo para a implantação de um restaurante popular seja feito pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Todo o processo ainda será estudado em conjunto com a Secretaria Municipal do Abastecimento, que é responsável pelos restaurantes populares da capital.
Vera Lúcia de Proença, 46, afirma que o restaurante vai ajudar bastante. “Acho que seria importante pro pessoal que trabalha perto aqui nas firmas”, diz a diarista. Miguelina Mendes, 46, acha que a ter a administração regional – com vários serviços das secretarias municipais – no bairro já é uma vitória. “Nós já estamos nos dando por satisfeitos por ter a regional aqui”, afirma a dona de casa.
Terminal ainda no papel
Em 2014, o ex-prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), prometeu a construção de um terminal de ônibus no mesmo terreno da Regional do Tatuquara, em uma área de 3.300 metros quadrados, para atender a demanda da região. A promessa era de que a obra seria iniciada no segundo semestre de 2015, com previsão de entrega para 2016. O terreno, no entanto, segue vazio.
A obra é de extrema importância para os moradores do bairro, que têm poucas opções de linhas de ônibus e ainda dependem do terminal do Pinheirinho para chegar a diversos locais de Curitiba. “É só promessa, estamos esperando, quem sabe um dia. Promessa é dívida”, cobra Vera Lúcia.
O terminal vai atender as linhas da Região Sul de Curitiba: Rio Bonito, Dalagassa, Pompéia, Janaína, Santa Rita, Rurbana e Tatuquara. O projeto está em fase de aprovação pelo Ministério das Cidades. De acordo com a Prefeitura de Curitiba, o investimento de R$ 8,1 milhões terá recursos do Orçamento Geral da União.
A previsão é que até o final de junho, o ministério emita a Síntese do Projeto Aprovado (SPA). A SPA é necessária para a aprovação dos recursos por parte da Caixa Econômica Federal, que é o organismo financiador. Após isso, a prefeitura deverá aguardar a autorização do início das obras, que deve ser emitida pelo governo federal.
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