Organizadores do acampamento pró-Lava Jato montado em frente à sede da Justiça Federal de Curitiba, no Ahú, foram notificados nesta quarta-feira (24) pela prefeitura por uso irregular do espaço. A ocupação é proibida por se tratar de ocupação de bem público. Além disso, os fiscais também alertaram sobre possível aplicação de multa por comércio ilegal de produtos, já que não há recolhimento de impostos, e apreensão dos produtos. Bonecos do pixuleco – do ex-presidente Lula vestido de presidiário – , do “Super Moro”, em alusão ao juiz ao Sergio Moro, camisetas da “República de Curitiba”, faixas e bandeiras são vendidos no local. Apesar da determinação imediata, a estrutura do acampamento permanecia intacta nesta quinta-feira (25).
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É a quarta vez em menos de um ano que a Secretaria Municipal de Urbanismo determina o desmonte imediato da estrutura, erguida em 2015 como ponto de encontro de movimentos favoráveis à Operação Lava Jato.
A notificação foi feita enquanto os manifestantes estavam concentrados para acompanhar o julgamento do ex-presidente Lula no TRF4, que acontecia em Porto Alegre. As equipes chegaram logo depois de os militantes agredirem o repórter Rafael Moro Martins, que fazia uma reportagem para o Intercept Brasil.
Em nota, a prefeitura ressaltou que desde o ano passado tem solicitado à Justiça a retirada dos manifestantes da praça. No entanto, no último mês de setembro, a juíza Patrícia Almeida Gomes Bergonese, responsável pelo caso, suspendeu o processo originado pela Procuradoria Geral do Município (PGM) por entender que não há acampamento no local, mesmo após a prefeitura comprovar a permanência do acampamento com fotos.
A estrutura ao redor da qual movimentos anti-Lula costumam se encontrar - que hoje conta até mesmo com um contêiner - foi desmontada pela primeira vez em fevereiro do ano passado. Na época, equipes da SMU usaram um caminhão para carregar as placas, faixas e a madeira usada para erguer o abrigo.
Em maio - dias antes do primeiro depoimento do ex-presidente Lula ao juiz federal Sergio Moro - a Justiça atendeu a pedido da prefeitura e proibiu acampamentos na cidade. Contudo, uma semana depois, os manifestantes retornaram ao local, fazendo com que a PGM tivesse que solicitar novo interdito proibitório que até hoje não foi atendido. O processo está paralisado.
A Gazeta do Povo entrou em contato com representantes do acampamento, mas foi informada que apenas a advogada do grupo poderia falar a respeito do caso. Procurada nesta quinta-feira, ela não atendeu as ligações feitas pelas reportagem.
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