| Foto: Ricardo Marajó / SMCS
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O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), enviou carta ao presidente Jair Bolsonaro cobrando o envio de mais vacinas anticovid. Até terça-feira (17), o estoque da prefeitura era de 62 mil doses, o suficiente para manter a vacinação somente até sexta-feira (19), dentro da imunização de idosos com 85 anos ou mais. Foram vacinadas até segunda-feira (15) em Curitiba 55.307 pessoas, sendo que 2.237 pessoas já tomaram as duas doses e estão totalmente imunizadas.

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"Em carta ao presidente do Brasil, peço ao governo federal um cronograma de envio das doses para assegurarmos o planejamento de vacinação. Nós temos capacidade para vacinar até 15 mil pessoas por dia, mas a velocidade de imunização dos curitibanos depende da organização e distribuição pelo Ministério da Saúde das doses do imunizante", postou o prefeito em sua conta no Facebook.

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No post em que solicita mais vacinas, Greca usou uma charge do desenhista Chico Caruso, do jornal O Globo, em que o presidente está de mãos ao alto diante de uma seringa, como se a vacina fosse uma arma. "Na imagem, charge de Chico Caruso mostra nosso presidente se rendendo à necessidade das vacinas. Ato ético louvável. Somos gratos à ideia de #VacinaParaTodos. Enquanto os papéis dormem, pessoas morrem. Mais agilidade, mais vidas salvas! ", conclui o prefeito na postagem.

Além de Greca, a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), entidade que agrega todos os mandatários municipais do país, também cobra do governo federal o cronograma de entrega de doses, após grande centros, como Rio de Janeiro, Salvador e Cuiabá, terem paralisado a imunização justamente por falta de vacina. Já a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) foi ainda mais dura na solicitação de vacinas. Terça-feira (16), a entidade cobrou a demissão do general do Exército Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde por "total inexistência de diálogo" no planejamento da pandemia.

O Ministério da Saúde prevê receber mais 9,3 milhões de Coronavac e 4 milhões da vacina de Oxford ainda este mês para serem distribuídas. A data exata, no entanto, não é informada. Em março, a pasta diz que vai receber mais 18,1 milhões de doses do Butantan e 23,3 milhões de Oxford - sendo 2,65 milhões via Consórcio Covax, da Organização Mundial de Saúde (OMS). Pressionada, a pasta também formalizou a compra de mais 54 milhões de doses da Coronavac. Segundo o ministério, nesta semana há, ainda, previsão de fechar contrato para compra de 10 milhões de doses da Sputnik V, da Rússia, e 10 milhões da Covaxin, da Índia.

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