Um acordo entre o Ministério Público do Paraná (MP-PR) e a prefeitura de Curitiba suspendeu temporariamente nesta sexta-feira (5) a etapa de vacinação da Covid-19 de profissionais de saúde autônomos da cidade, e que havia começado na última quarta-feira (3). Agora, serão vacinados apenas os profissionais que, além do registro no respectivo conselho profissional, também estejam obrigatoriamente vinculados ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
Como a Gazeta do Povo mostrou no último dia 3, o Ministério Público alertou a prefeitura sobre o fato de que, ainda que registrados nos respectivos conselhos de classe, muitos profissionais poderiam ser imunizados mesmo não atuando na área clínica ou nem mesmo exercendo a profissão. Além do MP-PR, também endossam o acordo Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, as Defensorias Públicas do Paraná e da União e a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná.
"Foi definido, de comum acordo entre os presentes, pela suspensão temporária da vacinação dos profissionais identificados em listas enviadas pelos respectivos conselhos de classe para revisão dos critérios que definem os grupos prioritários de profissionais de saúde. Tais critérios deverão ser melhor debatidos com as secretarias de Saúde de Curitiba e do Paraná, com a presença dos conselhos regionais de todos os profissionais de saúde na próxima terça-feira, 9 de fevereiro", informa o MP-PR em nota. O Ministério Público enfatiza que o acordo não tem caráter judicial.
A prefeitura informa que quem está registrado no CNES continuará sendo vacinado. Quem estava agendado nesta sexta e, após o acordo, conseguiu comprovar registro no CNES, foi vacinado normalmente. Já quem tinha agendado para receber a primeira dose da vacina a partir de sábado (6) terá a imunização cancelada. O reagendamento será feito novamente, já seguindo a nova regra.
Por sua vez, os profissionais que têm registro no conselho profissional de saúde, mas não têm cadastro do CNES, não serão vacinados neste momento, tendo que aguardar as fases seguintes. É o caso de profissionais que atuam em setores administrativos ou como psicólogos que trabalham com recursos humanos e profissionais de educação física que dão aula em escolas, por exemplo.
"Os profissionais das listas enviadas pelos conselhos de classe que foram agendados para vacina, mas não estiverem vinculados ao CNES, não serão vacinados neste momento", enfatiza a prefeitura em nota.
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