O vandalismo em parques deixa um prejuízo mensal de R$ 80 mil para a prefeitura de Curitiba. Além do mobiliário de lazer - como bancos, parquinho, etc -, os banheiros são um dos principais alvos dos vândalos. Muitas vezes, os banheiros de alguns dos principais cartões postais da cidade estão sem torneiras nas pias, sem as tampas nos vasos sanitários, sem suporte para papel higiênico, sem contar a pouca higiene.
No parque Barigui, por exemplo, durante a visita da reportagem na tarde de segunda-feira (24), por volta das 16h, o banheiro público que fica próximo à Avenida Cândido Hartmann estava com as torneiras das pias danificadas, com os vasos sem tampa e sem papeleiras. No parque Tingui, ainda na segunda-feira por volta das 17h20, notou-se a falta de placas de identificação nas portas do banheiro próximo à Fredolin Wolf – feminino/masculino –, os vasos também estavam sem tampa e, embora tivesse papel, o papeleiro da pia estava danificado.
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No Barigui há um banheiro em que é preciso pagar uma taxa de R$ 2 para utilização. Além desse espaço pago, há um banheiro público gratuito com quatro sanitários femininos, quatro masculinos, com acessibilidade. O parque ainda oferece os sanitários das lanchonetes e do pavilhão de exposições, que podem ser cobrados ou não. Já no Parque Tingui são dois banheiros públicos, um no Memorial Ucraniano e outro próximo à Fredolin Wolf.
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Segundo a prefeitura, os banheiros dos parques Barigui e Tingui passaram por reforma completa, com substituição de vasos sanitários, espelhos, torneiras, suportes, além de pintura e readequação do espaço há cerca de oito meses. Sanitários do Passeio Público também tiveram obras, em meados de julho, com a colocação de dispositivos antivandalismo.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) também informou que, periodicamente – semanalmente, em alguns casos –, o município faz a reposição de equipamentos furtados, como as torneiras, papeleiras, tampas de vasos, entre outros. Mas, de acordo com a pasta, o nível de vandalismo é elevado, especialmente aos fins de semana, e todos os problemas relacionados a ele em parques e praças da cidade entram na conta do custo mensal de manutenção – os R$ 80 mil.
Quem utiliza os banheiros reclama. Um turista de Guaratuba, no Litoral do Paraná, que estava no Tingui, disse que a limpeza do banheiro público deixou a desejar e que ele se confundiu e quase usou o banheiro feminino. “Fiquei parado em frente à porta, até que uma mulher saiu. Foi assim que descobri qual era o banheiro masculino”, disse.
Um morador da região do Tingui, que vai ao parque com frequência, apontou que a movimentação de zeladores e zeladoras de limpeza nos banheiros diminuiu no parque. “O espaço entre uma limpeza e outra me parece maior. Outra coisa que notei é que, antes, por volta das 17h, os banheiros eram trancados, mas faz tempo que isso não acontece. Não duvido que fiquem abertos à noite”, comentou.
Mas não são todos os espaços que estão nessa situação. No Jardim Botânico, por exemplo, na visita da reportagem na segunda-feira, o estado de conservação dos banheiros era adequado. Havia papeleira abastecida, tampas nos vasos e o banheiro estava limpo. A contadora Andriele Regina Putrique, 28 anos, mora próximo ao Jardim Botânico e diz que a infraestrutura dos é boa. “Sempre encontrei o local limpo e equipado”, revela.
Em relação à limpeza, a prefeitura explicou que equipes terceirizadas são responsáveis pelo serviço diariamente, incluindo fins de semana e feriados, das 8h às 18h, com recolhimento de lixo durante todo o período. Antes e depois deste horário, não há atendimento de limpeza ou reposição de material de higiene e os locais ficam fechados.
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