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Uma série de áudios de WhatsApp vazados nesta semana revela que o empresário Edison Brittes, conhecido como Juninho Riqueza, autor confesso do homicídio do jogador de futebol Daniel Correa, em 27 de outubro, manteve conversas com o policial civil afastado Edenir Canton, o Gaúcho. Ele chegou a se aconselhar com Canton para a contratação de um advogado.

No áudio, o policial descarta a contratação de Cláudio Dalledone, atual defensor de Juninho, e propõe outro nome. “Juninho, sou eu, o Gaúcho. Não vai atrás do Dalledone”, diz o policial. “Passa aqui que temos que montar uma estratégia técnica, senão o Dalledone só fica na conversa, te prende e você está **”, diz ele, que responde a um processo por homicídio.

Na sequência, Brittes recorreu ao advogado Rafael Pellizetti, indicado por Canton. O ex-policial e Brittes já se conheciam anteriormente. O carro onde o empresário levou o atleta no porta-malas já havia pertencido a Canton, que o vendeu ao empresário. Canton responde por um homicídio em abril de 2015 de um acusado de matar um político no Paraná. Pellizetti é advogado de Canton neste caso.

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As partes

Brittes tentou marcar um encontro com Pelizetti, afirmando que foi indicado pelo policial. Pellizetti afirma que não aceitou defender Brittes no caso. “Ele me procurou e relatou o que tinha ocorrido. Em virtude da brutalidade e covardia, eu entendi que não poderia fazer esse tipo de defesa e ele decidiu por outro advogado. Esses áudios foram um contato feito no meu celular”.

Já Dalledone, que defende a família, disse que a gravação “ocorreu fora dos limites da acusação formal, são personagens e fatos marginais à discussão do processo”, e acrescenta que “a defesa somente se manifestará quando e se os fatos se tornarem acusações formais”.

Samuel Rangel, que defende Edenir Canton, emitiu nota, em que diz que aguarda tomar conhecimento do conteúdo vazado para então oferecer maiores esclarecimentos às autoridades competentes.

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O caso

Daniel foi achado morto em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, com o pênis decepado e quase decapitado, após participar de uma festa na casa de Brittes. O empresário alega ter matado o atleta porque ele teria tentado estuprar sua mulher, Cristiana Brittes.

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