Um total de 760 toneladas de lixo foi recolhido somente nas areias das praias do Paraná no verão de 2018. O volume é suficiente para entre 17,5 aviões do modelo Boeing 737. Em todo o litoral - incluindo praias e áreas urbanas -, a Sanepar, que assume a coleta do lixo na temporada, recolheu 1,6 mil tonelada de resíduos. Os números foram apresentados no balanço geral da Operação Verão do governo do estado.
O volume recolhido na areia nesta temporada foi pouco mais da metade do total recolhido na temporada do ano passado. Em 2017 foram 1.161 toneladas de lixo nas praias. Três fatores contribuíram para a redução: a temporada com 11 dias a menos do que a do ano passado, o excesso de chuva, em especial no Carnaval, e um público menor nas praias.
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A Sanepar não consegue quantificar os itens mais recolhidos do lixo na praia. Mas confirma que as cascas dos cocos consumidos pelos veranistas são o principal resíduo. Plásticos, como sacolas e embalagens, também são encontrados em grande volume. E este resíduo é o que mais preocupa em termos ambientais.
O plástico deixado nas praias acaba indo para o mar e é ingerido por animais como as tartarugas, que confundem o resíduo com outros bichos com os quais se alimentam. De acordo com levantamento do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná (CEM-UFPR), 80% das tartarugas encontradas na costa do estado têm problemas digestivos causados pela ingestão de lixo. O plástico acaba causando bolos de fezes que travam todo o sistema digestivo do animal, que não consegue mais comer, nem defecar.
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