| Foto: Carlos Coelho / Gazeta do Povo

Em uma votação tumultuada, com tentativa de invasão da Câmara Municipal, os vereadores de Curitiba aprovaram em primeiro turno, nesta segunda-feira (18), a proposta de reajuste anual do funcionalismo municipal. Pela proposição do prefeito Rafael Greca (DEM), a data-base será corrigida em 3,5% -- índice abaixo do que pleiteavam os servidores.

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O texto foi aprovado por 33 votos a 0.

Também foram votados e aprovados projetos que suspendem por dois anos o plano de carreira dos servidores (22 a 9) e as regras que limitam a liberação de funcionários para os sindicatos (20 a 9). O primeiro deles foi aprovado em forma de um substitutivo, que inclui uma alteração pedida pelo funcionalismo: o pagamento de vale-transporte em dinheiro.

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A oposição tentou aprovar três emendas ao projeto dda data-base, pedindo reajustes maiores (6%,5% e 9,4%). Mas todas foram rejeitadas. Professor Euler (PSD) era o autor das duas iniciais; Professora Josete protocolou a emenda com valor mais elástico.

A votação foi marcada por muita tensão. As galerias foram fechadas e a entrada só foi permitida para pouco mais de dez representantes de sindicatos. Durante mais de uma hora, uma parte das centenas de servidores que protestavam em frente à Casa tentou invadir a Câmara. Portas e janelas foram danificadas. A médica da Casa precisou atender alguns dos manifestantes, que tiveram ferimentos leves. Pelo menos um servidor foi detido.

Dezenas de guardas municipais e policiais militares fizeram um cordão de isolamento. Houve enfrentamento na entrada da Casa. A situação foi contida em cerca de meia-hora.

Mesmo com protesto e violência, o presidente da Câmara, vereador Sabino Picolo (DEM), não interrompeu a votação. Líder do governo na Casa, o vereador Pier Petruzziello (PTB) criticou a tentativa de invasão. "Estamos voltando projetos importantes para a cidade. Servidor de bem não agride a Guarda Municipal", disse.

Interlocutor da Câmara com os servidores, o vereador Professor Euler (PSD), disse que a prefeitura tentou "atropelar" a votação com os regimes de urgência impostos aos PLs. Ele defendia a suspensão da votação. Euler indicou ainda que há erro de cálculo do Executivo sobre valor possível para o reajuste em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal.

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Os três projetos serão votados em segundo turno nesta terça-feira (19).