Depois da República Argentina, a Rua Padre Anchieta, em Curitiba, também poderá se tornar área de via calma, passando a ter faixa compartilhada entre carros e bicicletas e limite máximo de 30 km/h para veículos em ambos os sentidos. Apesar de engatilhado, o projeto, que faz parte de um plano para expandir áreas de circulação de bicicletas na capital, não tem previsão de sair do papel, embora a prefeitura espere que toda a nova estrutura seja entregue até 2025.
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No centro de diversos contrapontos, o desenho do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) contempla a Padre Anchieta em praticamente toda a sua extensão, do terminal do Campina do Siqueira até o bairro Mercês. A ideia também é levar o trecho compartilhado para ao longo da Rua Professor Fernando Moreira, que faz uma continuação da Padre Anchieta a partir da Alameda Presidente Taunay, no Batel.
Conforme o IPPUC, a alteração levaria, assim, a uma nova via calma até a Praça Rui Barbosa.
Ainda de acordo com a prefeitura, as obras de adequação da via ao novo modelo ficarão para depois das mudanças na Avenida República Argentina, que também deve se tornar área compartilhada a partir do ano que vem, e da implantação do Ligeirão no eixo Leste-Oeste, entre a CIC Norte e o bairro Cajuru.
Tanto a mudança na região do Água Verde como a pensada para a Rua Padre Anchieta fazem parte de um planejamento da prefeitura para ampliar a malha cicloviária da cidade até 2025. No trecho que engloba o Bigorrilho, a intenção é ligar Centro até a região da Universidade Positivo, no Campo Comprido.
Projeto divide comerciantes
A chegada de uma ciclofaixa da Rua Padre Anchieta, centro comercial importante entre os bairros Campina do Siqueira e Bigorrilho, não é recente. Em 2014, comerciantes da região chegaram a fazer um abaixo-assinado contra a implantação de áreas exclusivas para ciclistas com o argumento de que a medida limitaria o estacionamento de clientes e enfraqueceria a rede de estabelecimento comercial do local.
Sócia-proprietária de uma ótica na via, Evânia Nunes continua a não ver muitos benefícios a implantação da uma via calma. “O movimento já não está bom atualmente, imagina quando fizerem obras aqui. Vai quebrar as lojas neste período. Além do que tem as vagas de estacionamento, que seriam afetadas”, analisa.
Por outro lado, Adão Pereira, presidente do Conselho de Segurança do Bigorrilho, acredita que o projeto não deve impactar nos negócios da região. “A maioria dos clientes que vem nas lojas moram aqui na região, não precisam vir especificamente de carro para nossas lojas”, explica o presidente, que vê com otimismo a oportunidade de dar uma estrutura melhor aos ciclistas. “Nas vias rápidas do bairro é muito complicado andar de bicicleta porque os carros andam em alta velocidade. Temos que pensar também no bem estar da população”.
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