Começou a funcionar nesta segunda-feira (4) um novo ponto de atendimento do Programa Mesa Solidária de Curitiba, no Viaduto do Capanema. O local tem capacidade para atender diariamente cerca de 500 pessoas em situação de vulnerabilidade social, em uma estrutura que conta com um salão com 80 lugares e uma cozinha social, integrantes da Escola de Segurança Alimentar e Nutricional Patrícia Casillo. O espaço abrirá para atendimento às 18h30 todos os dias, e nos horários de café da manhã e almoço aos finais de semana.
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O novo ponto do Mesa Solidária – instalado na Escola de Segurança Alimentar, próximo ao Armazém da Família – fica localizado na parte do Viaduto do Capanema junto à Avenida Doutor Dário Lopes dos Santos, na altura do número 822, ao lado do Moinho Anaconda. No outro lado do elevado, no trecho junto à Rua Ubaldino do Amaral, perto do Mercado Municipal, o Restaurante Popular voltará a ter seu atendimento normal, servindo almoços a um custo de R$ 3.
O novo espaço conta com uma área total construída de 320 m². Na cozinha social serão ofertados cursos para a capacitação de famílias, assim como serão preparadas as refeições para serem distribuídas de forma gratuita às pessoas em condição de vulnerabilidade social atendidas pelo Mesa Solidária. A área interna do salão foi decorada com temas em homenagem à Capital e recebeu grafites dos artistas Ferge e May.
São espaços atendendo o Mesa Solidária na cidade: o Restaurante Popular da Praça Rui Barbosa (Centro), a Praça Solidariedade (Rebouças) e o Mesa Solidária Luz dos Pinhais, atrás da Catedral (Centro).
Origem do projeto foi marcada por polêmicas
Há cerca de um ano, o Executivo enviava à Câmara Municipal de Curitiba um projeto que pretendia criar um marco regulatório para garantir eficiência e adequação sanitária à distribuição de alimentos para a população vulnerável. À época houve questionamentos sobre o texto que criava o programa Mesa Solidária, que previa a aplicação de multas de R$ 150 a R$ 550 para quem distribuísse alimentos a pessoas em situação de rua sem prévia autorização do município.
Na justificativa do texto, o prefeito Rafael Greca afirmava que a distribuição não regulamentada de alimentos em logradouros públicos registra situações de escassez ou de excesso de oferta, gerando, neste caso, "acúmulo de resíduos orgânicos e rejeitos nas vias públicas, ocasionando a proliferação de pragas e vetores urbanos, e, consequentemente, trazendo riscos à saúde da população em situação de rua”.
Subscrita por vereadores, ONGs e cidadãos, uma carta pública foi divulgada criticando a iniciativa. "Em meio a tantos problemas, tantas demandas não cumpridas, tantas possibilidades efetivas de resolver de forma eficaz o problema, a atitude é esta: proibir e penalizar quem faz”, dizia o documento.
Uma audiência pública foi realizada, e com as sugestões apresentadas no encontro o Executivo elaborou um substitutivo ao projeto original. A parte mais polêmica, que previa a aplicação de multa, foi retirada do texto. O novo projeto foi apresentado ao Legislativo municipal e segue em tramitação na casa. A última movimentação é de dezembro de 2021, informando que o texto do substitutivo aguarda apreciação em primeira discussão pelo plenário da Câmara Municipal.
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