A terceira tentativa de votação do pacote de ajuste fiscal proposto pela prefeitura de Curitiba - o chamado pacotaço - altera o trânsito, desde a manhã desta segunda-feira (26), nas imediações da Ópera de Arame, no Abranches. Segundo a prefeitura, por volta das 7h40, a Rua João Gava, entre as Ruas Mateus Leme e Nilo Peçanha, já estava bloqueada. Essa via ficou interditada por mais de seis horas.
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Ainda conforme a prefeitura, durante a manhã, outro bloqueio foi feito no cruzamento da Rua Amauri Lange Silvério com a Rua São Salvador (que vira a Rua Nilo Peçanha logo antes do cruzamento com a Rua João Gava). Por volta das 14 horas, o tráfego já estava liberado.
Na Rua Nilo Brandão com a Rua Mateus Leme o tráfego também foi interditado, mas não foi liberado no início da tarde como nos outros casos. De acordo com a Secretaria Municipal de Trânsito, a interdição será mantida até terça-feira (27), quando acontece a votação dos projetos em segundo turno.
Tumulto
A região foi tomada de manifestantes. Inicialmente, eles se concentraram no Parque São Lourenço, ao longo da Mateus Leme. Depois fizeram uma caminhada até a Pedreira Paulo Leminski, do lado de fora da Ópera, de onde acompanharam a sessão. Houve confronto que terminou com pessoas feridas e prisões.
A decisão de retirar a votação da Câmara e levá-la à Opera de Arame foi definida às pressas, em uma sessão convocada na noite de sexta-feira (23). Para evitar que mais manifestantes do que o definido acessassem o novo local de votação, foi criado um esquema de isolamento ao redor do teatro, feito por policiais militares. Foram usados ainda caminhões, motos e viaturas da corporação no local, além da cavalaria.
“Eu nunca vi tanta polícia. Um contingente que poderia estar dentro dos bairros, combatendo o tráfico de drogas. É um absurdo o que está acontecendo aqui”, afirmou o vereador Mestre Pop (PSC) ao chegar na Ópera de Arame.
Fora vereadores, servidores da Câmara e imprensa, cerca de 100 pessoas indicadas pelos sindicatos assistiram à sessão, que começou às 9h15.
A PM disse que não vai informar o efetivo deslocado para fazer a segurança. A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) ficou responsável pela determinação dos bloqueios, bem como pela liberação dos acessos à área.
Interdito proibitório
Neste domingo (25), a Justiça deferiu liminar para impedir que servidores atrapalhem a votação. “A ameaça encontra fundamento no histórico fático das últimas deliberações do projeto “Plano Recuperação Curitiba”, sendo amplamente divulgado pelos meios de comunicação que o projeto de lei é interpretado como restritivo a direitos e prejudicial a interesses de servidores e sindicatos”, justificou a juíza Michela Vechi Saviato, que autorizou o interdito proibitório.
As duas sessões realizadas anteriormente para analisar o pacotaço foram suspensas depois de tumultos. Na primeira situação, em 13 de junho, manifestantes invadiram a Câmara Municipal. Já na terça-feira (20), após nova invasão ao plenário, houve tumulto e a ação da Polícia Militar deixou feridos.
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