Funcionários da 123milhas relataram demissões feitas pela empresa nas redes sociais.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo.
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A 123milhas anunciou nesta segunda-feira (28) que iniciou um “plano de reestruturação interna” com demissões de funcionários. A empresa não divulgou quantos profissionais foram dispensados, mas nas redes sociais há relatos de "demissão em massa". Em nota, a empresa afirmou que a “decisão faz parte das medidas para mitigar os efeitos da forte diminuição das vendas”.

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“A 123milhas informa que iniciou hoje, 28/08, um plano de reestruturação interna, com redução do tamanho da equipe para se adequar ao novo contexto da empresa no mercado. Essa difícil decisão faz parte das medidas para mitigar os efeitos da forte diminuição das vendas. A empresa está trabalhando para, progressivamente, estabilizar sua condição financeira”, disse a 123milhas.

No último dia 18, a empresa suspendeu as emissões de passagens e pacotes da "linha promo", com datas flexíveis, com previsão de embarque de setembro a dezembro de 2023. A agência ofereceu como alternativa aos clientes a devolução de valores por meio de vouchers acrescidos de correção monetária de 150% do CDI para ser usados na compra de quaisquer passagens, hotéis e pacotes na empresa. Após anunciar a iniciativa, a 123milhas virou alvo do Procon de São Paulo e da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça.

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Sócios da 123milhas serão ouvidos na CPI das criptomoedas

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras na Câmara, conhecida como CPI das criptomoedas, vai ouvir na próxima terça-feira (29) os sócios e administradores da 123milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, sobre a suspensão da emissão de passagens aéreas.

A convocação dos empresários foi pedida pelo presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). Segundo o deputado, em 2022, a 123milhas se transformou na maior agência on-line de vendas de passagens aéreas e existe a preocupação de que o caso esteja configurado como um esquema de pirâmide financeira, informou a Agência Câmara. "Além disso, da forma como foi apresentado pela empresa, a venda dos pacotes de viagem era feita sem que houvesse nenhum compromisso de arcar com a responsabilidade junto a seus clientes", disse Ribeiro.

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