Até o final de 2008, devem ser injetados na economia brasileira cerca de R$ 78 bilhões em conseqüência do pagamento do 13º salário, segundo estimativa divulgada nesta terça-feira (11) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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De acordo com o Dieese, este montante deve representar cerca de 2,7% do produto interno bruto (PIB) do país. Aproximadamente 68,2 milhões de brasileiros serão beneficiados, incluindo os trabalhadores do mercado formal, empregados domésticos e beneficiários da Previdência Social.

O número de pessoas que receberá o 13º salário em 2008 aumentou 6,9% na comparação com o ano passado. Em 2007, o Dieese estimou que cerca de R$ 64 bilhões entraram na economia em conseqüência do pagamento do 13º.

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Neste ano, a projeção mostra que 4,4 milhões de pessoas passaram a receber o benefício, por terem requerido aposentadoria ou pensão ou se incorporado ao mercado de trabalho ou ainda formalizado o vínculo empregatício.

Dos 68,2 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados, 26,7 milhões (37,7% do total) são beneficiários da Previdência Social. Os empregados formais (41,5 milhões de pessoas) são contribuintes da previdência e correspondem a 60,9% do total.

Os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada totalizam quase 1,9 milhão, equivalendo a 2,7%. Já cerca de 1 milhão de pessoas (1,4% do total) refere-se a aposentados e instituidores de pensão da União (Regime Próprio).

A estimativa do Dieese mostra que o valor médio nacional a ser pago no 13º é de R$ 1.105. No caso da Previdência, o valor médio é de R$ 753, enquanto os empregados do mercado formal receberão, em média, R$ 1.331. O maior valor médio para o 13º (considerando todas as categorias) deve ser pago em Brasília (R$ 2.378) e o menor, no Piauí (R$ 662).

Pagamento divídas

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Pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que 60% dos entrevistados pretendem utilizar o 13º salário para pagamento de dívidas.

Na pesquisa realizada em outubro, foram ouvidos 573 consumidores de todas as classes sociais. Em relação a 2007, o percentual de entrevistados que pretendem utilizar o 13º salário para pagamento de dívidas aumentou dois pontos - era 58%.

Entre as despesas, 36% disseram que vão usar o salário extra para cobrir dívidas de cheque especial e 25%, para pagamento de dívidas de cartão de crédito. Outros 17% pretendem regularizar o nome (SPC, Serasa), pagando dívidas junto ao comércio e ao sistema financeiro.