Dezoito cirurgiões cardiovasculares no Paraná pediram demissão, oficialmente, dos quadros da Unimed até essa sexta-feira (13). Em Curitiba, apenas um profissional pediu o desligamento, de 55, de acordo com a Unimed-PR e com o Procon-PR.

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Os médicos reivindicam reajuste nos valores pagos pelos procedimentos e por isso alguns afirmam que irão deixar de atender pela Unimed, de acordo com a Cooperativa dos Cirurgiões Cardiovasculares do Paraná (CoopCárdio-PR).

Os cinco médicos dessa especialidade que atendiam pela Unimed em Londrina, no Norte do Paraná, pediram demissão. O mesmo ocorreu com os quatro profissionais de Ponta Grossa, nos Campos Gerais.

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A coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano, afirmou que os consumidores não devem ser prejudicados pelas negociações entre os profissionais e a operadora de saúde.

Uma reunião foi feita na quinta-feira (11) com o objetivo de garantir os direitos dos consumidores e contou com a participação da Unimed, do Procon e do Ministério Público do Paraná. Segundo Claudia, o Procon solicitou que a Unimed apresente até a próxima quarta-feira (18) as medidas que serão adotadas para que os clientes não fiquem desassistidos.

"Em Curitiba, a situação está sob controle, mas há algumas cidades do interior que precisam de adequações no atendimento. Vamos aguardar as medidas que serão adotadas pela Unimed-PR", disse a coordenadora do Procon. A assessoria de imprensa da Unimed não informou quais ações que serão adotadas.

A Unimed-PR e CoopCárdio-PR garantiram o atendimento de emergência. "Ninguém ficará desassistido", frisou Freitas.

Nos casos eletivos, no entanto, o consumidor terá de buscar seus direitos com a operadora e talvez tenha de abrir mão de ser atendido pelo médico de preferência por outro da especialidade que esteja credenciado.

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Em caso de dúvidas ou para mais informações, o cliente deve entrar em contato com a Unimed por meio do telefone 0800-642-2002. O telefone do Procon é 0800-41-1512.

De acordo com o Procon-PR, nenhuma reclamação foi registrada pelos clientes da Unimed até essa sexta-feira.

Reajuste nos honorários

Em média, as Unimeds pagariam cerca de R$ 1,2 mil por procedimento da especialidade, para uma equipe que chega a quatro ou cinco profissionais – menos que os R$ 2,8 mil do Sistema Único de Saúde (SUS) e muito aquém dos R$ 15 mil pedidos pela CoopCárdio-PR.

Freitas afirmou que a última proposta da Unimed Curitiba, responsável por 50% dos procedimentos da especialidade feitos no estado, foi de pagar entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por procedimento. "Nós fizemos uma contraproposta pedindo R$ 7,5 mil, com a possibilidade de fazer um aumento escalonado, em um prazo de dois anos, para os R$ 15 mil. A proposta não foi aceita por eles. As outras singulares não nos procuraram e não querem negociar de forma conjunta", disse o presidente da CoopCárdio-PR.

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A Unimed informou que negocia com os cirurgiões cardíacos e tenta, na medida do possível, atender as reivindicações dos profissionais. Os clientes não correm o risco de ficar desassistidos, de acordo com a Unimed.