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2010, o ano do luxo em Curitiba

Para Karina Kulig,  luxo está no tempo poupado e nas facilidades na hora da compra | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Para Karina Kulig, luxo está no tempo poupado e nas facilidades na hora da compra (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

Para os lojistas e empresários do setor, 2010 já é o melhor ano para o mercado de luxo em Curitiba. E, com a perspectiva da abertura de grandes lojas de grife a partir de 2011 na cidade, este é um segmento que ainda tem muito o que comemorar. Com um mercado forte que atrai consumidores das demais regiões do estado e também de Santa Catarina, Curitiba surge como uma das grandes promessas para um segmento que não para de crescer mesmo sob forte pressão causada pela instabilidade econômica mundial.Em 2009, o faturamento do setor em todo o país foi de US$ 6,2 bilhões, um crescimento de 5% em relação ao ano anterior. Para 2010, a perspectiva é de um aumento de 18% a 20% nas vendas – resultado que pode ser ainda melhor quando analisado apenas os números locais.

Marcelo David Jansen é ge­­rente comercial da Euro Import Land Rover e Volvo, loja especializada em carros de luxo, e se diz surpreso com o volume de vendas e o crescimento aferido no setor no último ano. "Hoje a quantidade de pessoas que têm um carro no valor de R$ 400 mil é muito maior do que há um ano. O aumento das vendas nesse período foi absolutamente surpreendente, acima de qualquer perspectiva da empresa ou mesmo do setor", revela. Jansen não quis abrir os números, mas afirma que, na comparação dos resultados do primeiro semestre deste ano frente ao mesmo período de 2009, o crescimento nas vendas atingiu um patamar de três dígitos – ou seja, mais que dobrou.

Para o doutor em Economia e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Fábio Dória Scatolin, o crescimento do setor de luxo é fruto de um processo econômico do qual o país vem se favorecendo há alguns anos. "Estamos falando de um mercado promissor, beneficiado internamente pela melhor distribuição de renda e pelo aquecimento da economia nacional. À medida que o PIB cresce, aumenta também o potencial de consumo de toda a população", explica o professor. Scatolin ainda destaca que Curitiba chega um pouco atrasada no fenômeno do consumo de luxo, se comparada às demais metrópoles do país. "Se tomarmos o mercado imobiliário como exemplo, percebemos que outras metrópoles tiveram a valorização de seus ativos há mais tempo. Em Curitiba isso só aconteceu há cerca de três anos, uma amostra do tardio aquecimento desse setor", considera.

Mercado local em crescimento

Curitiba pode até ter demorado para entrar na onda do luxo, mas agora parece querer tomar a frente desse segmento no Sul do país. Recentemente foi anunciada a possível vinda da Rimowa, fabricante alemã de malas e bagagens de alto luxo. Porto Alegre também está no páreo para receber a nova loja, mas André Banwart Von Ah, diretor da Rimowa no Brasil, não esconde a inclinação pela capital paranaense. "Segundo os estudos da empresa, Curitiba é uma cidade comercialmente diferente e muito interessante para nós. A previsão é de estar em Curitiba já em 2011", explica.

Além da Rimowa, outras duas grandes empresas podem chegar à cidade nos próximos anos: a Bentley, marca inglesa de automóveis que inaugurou sua primeira loja brasileira em São Paulo, em março; e a Zegna, do estilista italiano Ermenegildo Zegna.

Já estabelecida na cidade e com um público consumidor bastante cativo, a Capoani atende aos curitibanos interessados nas últimas tendências de moda. "O mercado de Curitiba está recebendo um grande investimento no segmento de luxo, seja no ramo da moda, imobiliário ou automobilistíco. Grandes marcas que até agora só atuavam em São Paulo estão vindo para Curitiba para atender um público que é exigente e tem um alto poder econômico", revela Fernando Capoani, proprietário da loja.

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