A taxa de juros das operações de crédito recuou no mês de dezembro, tanto para as pessoas físicas quanto para as empresas, e fechou o ano de 2012 com a menor taxa de juros média da série histórica, aponta a Pesquisa Mensal de Juros da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), divulgada nesta segunda-feira.
A taxa de juros média geral para pessoas físicas apresentou queda de 0,19 ponto porcentual em dezembro, o que corresponde a uma redução de 3,37% no mês, passando de 5,63% mensal (92,95% ao ano) em novembro para 5,44% ao mês (88,83% ao ano) em dezembro. É a menor taxa média de juros da série histórica, iniciada em 1995.
Das seis linhas de crédito pesquisadas apenas o cartão de crédito rotativo manteve inalterada a sua taxa de juros, em 9 37% ao mês, ou 192,94% ao ano. As demais linhas apresentaram queda, a saber: juros do comércio, redução de 5,58%, passando de 4,30% para 4,06% mensais, a menor taxa da série histórica (1995); cheque especial, baixa de 1,26%, de 7,92% para 7,82%, a menor desde outubro de 2012; CDC - financiamento de automóveis, queda de 7,32%, de 1,64% para 1,52%, a menor desde outubro de 2012; empréstimo pessoal de bancos, redução de 6,69%, de 3,14% para 2,93%, a menor da série histórica (1995); e empréstimo pessoal de financeiras, baixa de 6,20%, de 7,42% para 6,96%, a menor da série histórica (1995).
Empresas
Os empréstimos para pessoas jurídicas registraram queda nas três linhas de crédito pesquisadas, com redução de 0,22 ponto porcentual no mês, o que corresponde a uma baixa de 6,69% no período, passando de 3,29% ao mês (47,47% ao ano) em novembro para 3,07% ao mês (43,74% ao ano) em dezembro. É a menor taxa média de juros da série histórica, iniciada em 1999.
Dos três indicadores analisados, o capital de giro teve redução de 12,42% em dezembro, passando de 1,61% para 1,41%; o desconto de duplicata apresentou baixa de 7,11%, de 2,39% para 2,22%, e a conta garantida caiu 5,11%, de 5,87% para 5,57%.
De acordo com o coordenador de Estudos Econômicos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, as quedas podem ser atribuídas à maior competição entre as instituições financeiras após os bancos públicos reduzirem suas taxas de juros: à pequena redução nos índices de inadimplência; e à expectativa de redução da inadimplência nos próximos meses em um ambiente de crescimento econômico maior.