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Entrada de financeira em Curitiba: consignado puxou o endividamento | Hedeson Alves/ Gazeta do Povo
Entrada de financeira em Curitiba: consignado puxou o endividamento| Foto: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo

Em meio à crise financeira, 3,59 milhões de brasileiros contraíram dívidas superiores a R$ 5 mil no sistema financeiro. O dado consta de levantamento do Banco Central (BC) que mostra o comportamento do endividamento no auge da crise. Entre as operações que mais cresceram nesse período, estão o crédito consignado e o financiamento imobiliário, segmentos em que os bancos públicos passaram, a pedido do governo, a atuar mais fortemente desde o agravamento da crise.Dados do Sistema de Infor­mações de Crédito (SCR) mostram que, no fim de agosto, 20,83 milhões de pessoas mantinham empréstimo superior a R$ 5 mil nas instituições financeiras. O universo é 20,8% maior que o registrado 12 meses antes, em agosto de 2008, exatamente o último mês antes do agravamento da crise financeira

Esse aumento do número de pessoas endividadas aconteceu, na avaliação do governo, "de maneira saudável" porque foram privilegiados empréstimos para o consumo e aquisição de bens e imóveis, operações que geram reflexos positivos na atividade econômica. Não houve explosão nos empréstimos mais caros e que são a última alternativa em caso de dificuldade financeira, como o cheque especial e cartão de crédito.

Passada a crise, o governo entende que esses 3,5 milhões de brasileiros que contraíram dívidas para consumir foram, junto com as medidas de desoneração, algumas das peças das mais importantes no motor que permitiu ao Brasil reagir rapidamente à crise financeira.

Dados do BC também mostram que os empréstimos tradicionais para a compra de veículos (CDC) contratados em agosto de 2009 tiveram, na média, 43,6 meses. Esse prazo médio, que tem crescido ininterruptamente desde dezembro de 2008, é quase dois meses superior ao visto 12 meses antes, quando estava em 41,8 meses. No leasing para veículos, o prazo é ainda mais elástico: 51,6 meses. Um ano antes, o prazo médio era de 50,8 meses. É possível, contudo, encontrar operações mais longas, de até 80 meses em algumas concessionárias.

Luz amarela

"Isso acende um sinal de atenção porque um carro começa a ter depreciação acelerada em cerca de cinco anos, o que compromete a garantia que ele representa no financiamento", diz o professor de finanças do Insper, Ricardo José de Almeida.

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