Notas
Para colecionador
Colecionadores de games torcem o nariz para a tal distribuição digital. Como encher um armário de jogos se a tendência é que a distribuição digital domine cada vez mais o mercado? Visando este mercado, a thatgamecompany lançará uma edição especial em DVD com seus três principais jogos até então só disponíveis na loja on-line da Sony. Além dos os espetaculares Journey, Flower e flOw, a edição contará com trilha sonora, papeis de parede, mini games exclusivos e um documentário com os bastidores da produção. Journey Collectors Edition chega ao mercado no final de agosto.
Mais tela
A Nintendo anunciou na semana passada uma nova versão do seu portátil, o 3DS. A versão XL terá 3D, que fica na parte superior do aparelho, 90% maior. Custando US$ 200, US$ 40 mais caro que a versão anterior, o novo 3DS será lançado nos Estados Unidos em 19 de agosto em duas cores: azul e vermelho. A bateria, segundo a Nintendo, também terá duração maior.
Social
A Zynga é hoje uma das maiores produtoras de games do mundo. Muito do seu sucesso se deve a um jogo infame que conquistou milhões de pessoas que acabavam de descobrir o Facebook. Com Farmville, a empresa americana criada a menos de cinco anos vale hoje bilhões de dólares.
As novidades da segunda versão da "fazendinha"? Poucas. Os gráficos agora serão em três dimensões.
Este é um ano especial. É o ano em que os videogames completam 40 anos. O ano em que a Atari também completa quatro décadas de jogatina. E o ano que este colunista colocou as mãos num Atari 2600, daqueles com frente de madeira e seis botões. Coisa fina. Leitores espertos e descolados que conhecem o real sentido da vida vão invejar fortemente a aquisição.
O começo de tudo se deu em agosto de 1972, quando o mundo recebeu de braços não tão abertos o desbravador Magnavox Odyssey, o primeiro dos aparelhos que depois vieram a se chamar videogames. Ele tinha o básico da ideia, um console, joysticks e um cartucho, mesmo que ainda não programável. Desenvolvido por Ralph Baer, o pai de quase tudo isso que está por aí, o Odyssey teve uma recepção apática. O produto, na bem da verdade, era quase um protótipo, com jogabilidade péssima e um dos piores acessórios (se assim podem chamar) já feitos: vinha com cartelas plásticas para serem colocada junto à tela da televisão. Foi o suficiente, no entanto, para acender o estopim dos jogos eletrônicos domésticos.
Quatro anos depois, a Fairchild lançava o Channel F. Agora com cartuchos programáveis, carinhosamente chamados de "fitas" pelas ruas brasileiras, o aparelho, que quase ninguém jogou, se tornou o conceito base para os 40 anos de evolução da indústria. Três anos depois nascia o Atari 2600, o responsável pela massificação da plataforma.
Antes de lançar o console caseiro, a Atari já era respeitada por suas máquinas de fliperama, que costumavam reunir adolescentes bêbados em inocentes bares. Lembre-se, trintão leitor, estas geringonças da diversão tinham até cinzeiro. Mas voltemos um pouco. A Atari foi fundada em junho de 1972 e ganhou fama imediata quando lançou seu primeiro jogo, Pong, até hoje um ícone. Pelos quadros da empresa, que crescia de forma exponencial, passou gente gabaritada, como Steve Jobs e Steve Wozniak, fundadores da Apple. A genialidade para criar games de sucesso, porém, não se refletia no gerenciamento da empresa. Para conseguir terminar seu primeiro console, a Atari teve que ser vendida para a Warner Communications. Em 1977, nascia a fórceps o Atari 2600, que dominou o mercado durante anos, vendeu 30 milhões de unidades, inspirou clones pelo mundo afora e afundou a empresa com a chamada "crise dos videogames" de 1983, que derrubou as vendas dos jogos em 97%. O sucesso do 2600 era tanto que o mercado foi inundado com jogos ruins, o estopim da crise. Suspeitava-se que havia mais jogos nos estoques das companhias do que consumidores.
Enfrentando reserva de mercado, o Brasil só foi conhecer a tal "segunda geração" de videogames com a invasão dos clones do Atari, já que era proibido fazer importação direta. O mais conhecido das cópias foi o Dactar, da Milmar, que até da logo da Apple tirou uma lasquinha nas suas inspirações. O console original da Atari, que nos primeiros anos tinha uma frente de madeira e depois ficou completamente negro, ganhando o carinhoso apelido de Darth Vader, era artigo raro só visto em filmes. Por isso, hoje uma peça dessas, em perfeito estado de conservação e com caixa, custa um rim e meio. E vale a pena. É parte de uma história recente, com um gigantesco caminho pela frente e, provavelmente, já a mais importante forma de expressão cultural em todo o mundo.
Foi no 2600 que o Mario, talvez o maior personagem dos games já criado, apareceu pela primeira vez. Pitfal se tornou o paradigma para os jogos de ação. Defender, Space Invaders e Asteroids também deixaram marcas até hoje replicadas. Inspirada na cultura do paz e amor, os fundadores afundaram a empresa em dívidas, que passou por diversas vendas para se manter viva até os dias de hoje, mesmo sendo uma sombra do que já foi.
Parabéns a todos os envolvidos, mas agora este colunista precisa assoprar umas "fitinhas" e reviver os bons e não tão velhos tempos.
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