Aproximadamente 47% das agências bancárias de Curitiba e região metropolitana estavam fechadas nesta segunda-feira (28), o que corresponde a 209 das 444 agências, de acordo com o balanço do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região feito por volta das 14 horas.

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No entanto, o sindicato afirmou que ainda não havia sido comunicado oficialmente do interdito proibitório conseguido pela Caixa Econômica Federal na Justiça do Trabalho de Curitiba, na sexta-feira (25), e também não tinha informações como estava a situação das agências do HSBC, que também obteve liminar na sexta-feira.

Segundo dados do sindicato, os bairros de Curitiba em que havia o maior número de agências fechadas eram Centro, Centro Cívico, Alto da XV, Batel, Juvevê, Mercês e Portão. Já com relação à região metropolitana, os municípios mais afetados eram São José dos Pinhais, Araucária, Pinhais e Campo Largo. Negociações

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Ainda não houve nenhuma reunião de negociação entre os representantes dos bancários e da Federação Nacional de Bancos (Fenaban).

De acordo com o sindicato, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro - comando nacional dos trabalhadores que congrega os presidentes dos maiores sindicatos do país e das federações estaduais – se reuniu no fim de semana e elaborou um ofício que foi encaminhado a Fenaban nesta segunda-feira (28), para que seja marcada uma reunião de negociações.

Em nota, a Fenaban afirmou que é do interesse de todos que as negociações sejam retomadas e que irá marcar data e hora para a reunião entre as partes.

Reivindicações

Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 10%, participação nos lucros e resultados (PLR) no valor de R$ 3.850 e mais três vezes o valor do salário, além de auxílio refeição de R$ 19,25, cesta-alimentação e auxílio creche.

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Os colaboradores dos bancos também pedem que haja garantia da manutenção dos empregos, principalmente no caso de fusões das instituições bancárias.

Segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região – utilizando dados do Banco Central e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) -, no primeiro semestre de 2009 houve redução de 2.224 postos de trabalho no setor, sendo que em junho foram 454 demissões.

Além disso, o sindicato argumentou que o setor bancário precisava criar mais postos de trabalho e comparou dados de 2000 e 2008. No ano 2000, 400 mil bancários eram responsáveis por 109,5 milhões de contas correntes e poupanças, ou seja, cada bancário cuidava de 273,7 contas. E já em 2008, o número de bancários subiu 465 mil e o de contas 272,5 milhões. Dessa forma, cada trabalhador era responsável por 571,5 contas.

Em contrapartida, a Fenaban ofereceu reajuste salarial de 4,5%, cesta-alimentação no valor de R$ 285,21, auxílio creche de R$ 205, e pagamento de participação nos lucros em duas parcelas. A proposta da entidade patronal não mencionava a questão dos empregos.

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