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Desenvolvimento

48% das exportadoras perderam mercado

"Os instrumentos que devem ser anunciados amanhã [hoje] precisam ser mais eficientes. Há uma expectativa grande sobre as novas medidas para redução do custo de produção no Brasil, principalmente em um cenário no qual a taxa de câmbio continua a se valorizar." Flávio Castelo Branco, gerente executivo de Política Econômica da CNI | Valter Campanato/ABr
"Os instrumentos que devem ser anunciados amanhã [hoje] precisam ser mais eficientes. Há uma expectativa grande sobre as novas medidas para redução do custo de produção no Brasil, principalmente em um cenário no qual a taxa de câmbio continua a se valorizar." Flávio Castelo Branco, gerente executivo de Política Econômica da CNI (Foto: Valter Campanato/ABr)

Praticamente metade das empresas exportadoras brasileiras perdeu participação no mercado externo no ano passado, de acordo com Sondagem Especial divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo o estudo, 32% das indústrias que vendem para fora do país diminuíram sua presença lá fora e 16% deixaram de exportar.

Apenas 9% das companhias conseguiram aumentar seus embarques em 2010. Além disso, 24% das empresas exportadoras estimam para 2011 uma redução do peso das vendas ao exterior em seu faturamento bruto. No ano passado, a participação média dos embarques no faturamento das empresas exportadoras foi de 20%.

Para tentar reverter o quadro, 68% das empresas que exportaram no ano passado ou pretendem exportar em 2011 estão adotando estratégias para ganhar mercado no exterior. Dessas, a principal medida que vem sendo adotada pelas empresas é reduzir custos para ganhar produtividade.

As crises americana e europeia aumentam a necessidade de que a nova política industrial, a ser anunciada hoje pelo governo brasileiro, seja realmente eficaz em proporcionar mais competitividade às empresas. A avaliação foi feita pelo gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

"O quadro é de crescimento mais lento das economias dos Estados Unidos e da Europa na primeira metade desta década. Por isso, os instrumentos que devem ser anunciados amanhã [hoje] precisam ser mais eficientes", avaliou o economista.

Castelo Branco lembrou que a primeira política industrial foi muito prejudicada pela crise financeira internacional iniciada em 2008. "De certo modo, não tivemos uma implementação muito eficaz dos mecanismos. Nesse ambiente, há uma expectativa grande sobre as novas medidas para redução do custo de produção no Brasil, principalmente em um cenário no qual a taxa de câmbio continua a se valorizar", completou.

O economista da CNI destacou que entre as principais questões que precisam ser atacadas pela nova política estão os custos de logística e mão de obra, além da necessidade de estímulos à inovação. Castelo Branco também cobrou mais ênfase na defesa comercial. "Grande parte das dificuldades enfrentadas pela indústria nacional está associada aos custos sistêmicos do país", afirmou.

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