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Fabricantes de máquinas e equipamentos disseram nesta terça-feira (20) ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que o setor tem condições de abrir 50 mil novas vagas de trabalho em dois anos caso o governo elimine a cobrança de tributo de 20% sobre a folha de pagamento das empresas. A informação é do vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, que se reuniu nesta manhã com Mantega em mais uma rodada de negociação sobre a desoneração da folha de pagamento. A proposta do governo é substituir a cobrança de 20% sobre a folha pela incidência de um percentual sobre o faturamento das empresas. Os fabricantes de máquinas e equipamentos querem que ele seja de 1%. "A cobrança de 1% sobre o faturamento trará muitos benefícios porque o setor de máquinas e equipamentos vive de sazonalidade. Na forma atual, em momentos em que o faturamento é alto ou baixo, nós recolhemos a mesma tributação sobre a folha de pagamento", disse, acrescentando que o faturamento do setor foi de R$ 80 bilhões em 2011. Mantega tem dito que, para as medidas de incentivos que o governo prepara para o setor produtivo, o governo exigirá contrapartidas das empresas, como manutenção de emprego.

Velloso disse ainda que está na expectativa de que as medidas de estímulo ao setor industrial sejam divulgadas a partir da próxima semana. "O governo está convencido de que a competitividade precisa ser restabelecida", afirmou. Além da desoneração da folha e da cobrança de um percentual sobre o faturamento de alguns segmentos do setor industrial, o governo prepara outras medidas de estímulo à produção industrial e às exportações. O vice-presidente da Abimaq disse que espera também por uma redução nos juros cobrados nos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele se referiu aos empréstimos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que podem ter os encargos financeiros reduzidos. "O ministro Mantega disse que está atento a isso e alguma coisa virá", disse. Os empréstimos do PSI possuem juros que variam entre 6,5% e 8,5% e os industriais querem que esse custo baixe para 4,5%, como o praticado em 2009. O setor de bens de capital é o sexto com o qual o Ministério da Fazenda negocia a desoneração da mão de obra. Já foram ouvidos os setores têxtil, de móveis, de autopeças, de fabricação de aviões e de fabricação de navios.

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