Brasília - É cada vez menor o número de brasileiros com medo de ficar sem trabalho, informa a edição de março da pesquisa "Índice de Medo do Desemprego", divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a CNI, o índice registrado nesse levantamento, feito de 6 a 10 de março, foi de 82 pontos e é o menor da série histórica, iniciada em 2003 com 110 pontos.

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Os 82 pontos significam, pela metodologia da CNI, que o número de pessoas com medo do desemprego caiu 4,1% em relação ao resultado da pesquisa referente ao último trimestre de 2009, realizada em dezembro do ano passado. Pela primeira vez desde 2003, mais da metade dos entrevistados – 53% – afirmou não estar com medo do desemprego. Em dezembro de 2009, eram 50%.

Desde março de 2009 – auge da crise econômica—, o "Índice de Medo do Desemprego" acumula queda de 15,7%. A pesquisa é realizada pela CNI de três em três meses. Os números divulgados ontem resultaram de 2.002 entrevistas.

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Eles mostram – ainda na comparação com dezembro de 2009 – que a proporção de entrevistados com "muito medo" do desemprego caiu de 19% para 15%. Ao mesmo tempo, segundo a CNI, o universo de pessoas que se declaram com "um pouco de medo" do desemprego passou de 31% para 32%.

"Há uma percepção generalizada de que a crise global já terminou. Não há mais preocupações com demissões. Pelo contrário. As pessoas estão conscientes de que as empresas estão contratando novamente", afirmou o economista da CNI Marcelo Azevedo, em entrevista ao jornal Valor. De acordo com Azevedo, a expectativa para os próximos meses indica, pelo menos, a manutenção do indicador em um nível baixo. "É bem possível que os trabalhadores tenham a percepção de que o mercado passa por um momento favorável e de que podem trocar de emprego com mais facilidade caso estejam infelizes", completou.

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