Lemann, o brasileiro mais rico.| Foto: FELIPE RAU / ESTADÃO CONTEÚDO

Um seleto grupo de 62 bilionários, entre eles os brasileiros Jorge Paulo Lemann e Joseph Safra, tinha um patrimônio conjunto estimado em US$ 1,762 trilhão em 2015, segundo a revista “Forbes”.

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Essa é a riqueza que os 3,6 bilhões mais pobres do planeta -a metade da população do mundo- dividiam conjuntamente em 2015, de acordo com estudo que a organização não governamental Oxfam vai apresentar na quarta (20) no Fórum Econômico Mundial de Davos.

O estudo, que se baseia no levantamento anual da riqueza internacional feita pelo banco Credit Suisse, mostra ainda que a desigualdade se aprofundou nos últimos anos. Em 2010, eram 388 os bilionários que tinham o equivalente à soma do patrimônio da metade da população mais pobre do mundo. O grupo foi reduzido para 177 em 2011; 92 em 2013; e 80 pessoas em 2014.

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Desde 2010, a riqueza conjunta da metade mais pobre da população mundial encolheu em US$ 1 trilhão. No mesmo período, o patrimônio dessas 62 pessoas mais ricas cresceu em US$ 500 milhões e a população mundial aumentou em 400 milhões de pessoas, segundo o estudo.

No ano passado, a Oxfam advertiu em Davos que o 1% mais rico da população mundial passaria a ter mais que os 99% restantes da população. A organização vai mostrar que isso ocorreu ainda em 2015.

Segundo Katia Maia, representante da Oxfam no Brasil, a estrutura tributária global é um dos fatores que aumentam a desigualdade. Ela afirma que a camada mais rica tem acesso às menores alíquotas de impostos, além de poderem se beneficiar de paraísos fiscais, enquanto os pobres são submetidos a taxações elevadas. A Oxfam vai defender em Davos o fim dos paraísos fiscais, argumentando que eles abrigam US$ 7,6 trilhões -3% dos US$ 250,1 trilhões da riqueza mundial, segundo o Credit Suisse.