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Estrada / pedágio
Pesquisa da CNT aponta que seriam necessários R$ 72,26 bilhões em investimentos para recuperar as rodovias no Brasil com ações emergenciais de restauração e de reconstrução.| Foto: Antônio More/Arquivo/Gazeta do Povo

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou nesta quarta-feira (9) o resultado de um levantamento apontando a piora no estado da malha rodoviária brasileira do último ano para cá. Os dados mostram que dos 110.333 quilômetros avaliados em 2022, 66% foram classificados como regular, ruim ou péssimo. Em 2021 esse percentual era de 61,8%. Ainda de acordo com a pesquisa, seriam necessários R$ 72,26 bilhões em investimentos para recuperar as rodovias no Brasil com ações emergenciais de restauração e de reconstrução.

Segundo a CNT, durante 30 dias, 22 equipes percorreram as cinco regiões do Brasil de forma a compor os resultados da do levantamento, que passa a integrar a maior série histórica de informações rodoviárias do país, realizada pela CNT desde 1995. Foram analisados pavimento, sinalização e geometria da via, como também a existência de pontos críticos.

Na comparação com o ano passado, a piora dos trechos federais e estaduais sob gestão pública chama a atenção. O estado geral na classificação ótimo e bom das rodovias caiu de 28,2% no ano passado para 24,7%, em 2022. Portanto, 75,3% (65.566 quilômetros) da malha rodoviária sob gestão pública apresentam algum tipo de problema, sendo classificados como regular, ruim ou péssimo.

“A situação política e econômica do país tem levado, ano após ano, à redução de investimentos em infraestrutura de transporte. Por parte do governo federal, percebe-se a destinação de verbas para obrigações constitucionais e vinculação de receitas, além de maior rigor com a austeridade fiscal, especialmente em função da regra do teto de gastos públicos. Assim, os investimentos na malha rodoviária são reduzidos”, mostra o estudo.

Já nas rodovias sob gestão concedida, os resultados da avaliação apontam que 69% dos 23.238 quilômetros pesquisados são classificados como ótimo ou bom; 25,8% (5.988 quilômetros), regular e apenas 5,2% (1.209 quilômetros), ruim ou péssimo. Em 2021, o estado geral ótimo ou bom destas rodovias sob concessão era de 74,2%, queda de 5,2 pontos percentuais.

“Estes resultados são desfavoráveis aos transportadores e aos demais usuários, visto que circular em rodovias em condições inadequadas pode trazer graves riscos à segurança, além de custos adicionais de operação, como manutenção frequente do veículo e aumento do tempo de viagem e do consumo de combustível. Empresas do transporte rodoviário de cargas podem ter um acréscimo de, em média, 33,1% no custo operacional que teriam caso as rodovias estivessem em estado ótimo”, aponta a pesquisa.

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