Pesquisa da Serasa aponta que aponta que a maior parte dos empresários está revendo para cima suas estimativas de faturamento para o 1º trimestre de 2011 e está otimista em relação ao governo Dilma.
Segundo a pesquisa, 66% dos entrevistados disseram que vão rever para cima suas estimativas de faturamento para o 1º trimestre de 2011 em relação ao trimestre anterior. Foram ouvidos 1.015 executivos, de todos os setores da economia, de 22 a 30 de novembro de 2010.
No 1º trimestre de 2010, o percentual foi de 71%. Mas a parcela de otimismo em relação aos negócios caiu ao longo do ano: no 2º trimestre, 61%; no 3º e 4º, 59%. Agora, a pesquisa indica uma recuperação. Dos que vão rever suas estimativas de faturamento para o 1º trimestre de 2011, 85% disseram que farão para cima, e 15% para baixo. No mesmo período de 2010, eram 90% para cima e 10% para baixo.
O comércio e os serviços lideram os setores que vão rever para cima suas metas de faturamento no próximo trimestre. Em seguida, aparece a indústria. Na análise por porte, 86% dos empresários das pequenas empresas disseram que vão rever para cima suas estimativas de faturamento. Nas grandes empresas são 83% e nas médias 82%.
Em relação ao faturamento de 2010, 65% dos entrevistados projetam um balanço melhor que o registrado em 2009.
Quando questionados sobre a situação do quadro de funcionários no 1º trimestre de 2011, 27% disseram que vão aumentá-lo, 65% que pretendem manter o atual e 8% que pretendem reduzir. No 1º trimestre de 2010, 34% pretendiam aumentar a contratação, 62% permaneceriam com o mesmo quadro e 4% enxugariam.
As instituições financeiras formam o setor que mais pretende contratar no início do próximo ano, de acordo com 35% de seus executivos.
A pesquisa também mostra que 30% dos empresários pretendem aumentar seus investimentos em equipamentos, obras de ampliação, aquisições e modernização de sua empresa, na comparação com o trimestre anterior. O destaque é o setor de serviços com uma parcela de 34%.
Em relação ao crédito, 65% acham que a oferta para pessoa jurídica crescerá, Para 27% será mantida e para 8% cairá. No 1º trimestre de 2010, 58% achavam que cresceria, para 36% ficariam inalteradas e para 6% recuariam. No âmbito da oferta de crédito para as pessoas físicas, 81% dos executivos das instituições financeiras acreditam que ela crescerá no 1º trimestre de 2011.
Governo Dilma
Segundo a pesquisa, a indústria tem a maior parcela de empresários otimistas em relação ao novo governo: 69%. Nos serviços esta parcela é de 65%, no comércio de 64% e nas instituições financeiras de 55%.
Na avaliação por porte, as grandes e médias empresas aparecem com 69% cada uma, com as pequenas totalizando 64%. Na divisão por regiões do país, o Nordeste lidera o otimismo, com 83% de seus empresários acreditando que as medidas do governo Dilma serão favoráveis aos seus negócios. Em seguida, com a mesma expectativa, estão: o Sudeste com 68%, o Norte com 65%, o Centro-Oeste com 63% e o Sul com 54%.
Quando perguntados se o novo governo pode implementar alguma medida que afete seu negócio, 63% dos empresários responderam afirmativamente e 37% negaram. As instituições financeiras têm 75% de seus executivos apostando que a nova presidente tomará medidas de impacto em sua atividade. Nesta direção, na indústria são 66% dos entrevistados, 64% no comércio e 61% nos serviços.
Entre as medidas esperadas para melhor estão as reformas tributária e trabalhista, apontadas por 37% dos entrevistados, em respostas múltiplas. A manutenção ou redução dos juros por 19% dos empresários. Melhores condições de crédito, incluindo BNDES, FINAME e outros programas 18%; maiores investimentos em infraestrutura 12%; apoio à exportação e solução da questão cambial (valorização do real) 7%; estímulos ao agrobusiness 4%; investimentos na saúde pública 3%; melhoria na educação e qualificação profissional 2%, entre outras ações esperadas do novo governo.
Entre possíveis medidas que preocupam, foram destacados: por 60% dos empresários, o aumento da carga tributária, o cancelamento do Finame e o aumento das tarifas públicas; por 22%, a elevação dos juros; por 8%, a maior valorização do real; por 7%, redução da oferta de crédito; por 6%, instabilidade no mercado financeiro e aumento da inadimplência; por 3%, aumento dos custos trabalhistas, entre outros.