Um estudo divulgado nesta terça-feira (17) pela empresa de segurança Symantec aponta que 66% dos pais brasileiros monitoram a atividade de seus filhos na internet seja lendo e-mails ou rastreando os sites visitados por esses jovens. O mesmo levantamento indica que, no Brasil, os pais estão mais preparados para discutir sexo com os filhos (72%) do que abordar quais páginas visitadas por eles durante a navegação (66%).
O estudo ouviu mais de 9 mil internautas de 12 países, sendo 600 deles brasileiros. Do total de entrevistados entre outubro e dezembro de 2008, 6.427 tinham 18 anos ou mais e 2.614 tinham entre 8 e 17 anos. Segundo as estatísticas globais, 70% dos pais conversam com os filhos sobre segurança na internet (aumento de 20% em relação ao ano passado).
"Há diversas formas para rastrear os sites que as crianças e jovens visitam, mas nada substitui o diálogo. Hoje os ataques e ameaças na internet são bastante diversificados e, por isso, a prevenção aos problemas deve abordar todas as possibilidades", afirmou Fabiano Tricário, gerente de vendas da Symantec do Brasil, durante entrevista coletiva por telefone.
De acordo com o estudo, a dificuldade em falar sobre o uso da internet está ligada a alguns obstáculos encontrados pelos pais: eles não sabem como criar regras de utilização, não tinham acesso a essa tecnologia quando cresceram e não fazem ideia ao que precisam ficar atentos. Por isso, Tricário aconselha a conversa freqüente com os filhos, a criação de regras realistas, o uso de medidas preventivas de segurança e a participação na vida virtual dos mais jovens.
"De nada adianta proibir as crianças de usarem a internet, porque elas acabarão tendo acesso em outros lugares", disse o executivo brasileiro. Prova disso é um dado dessa mesma pesquisa: 22% das crianças navegam na internet na casa de seus amigos, onde as regras de utilização podem ser bem diferentes e mais flexíveis.
Os pais brasileiros acreditam que seus filhos passam cerca de 56 horas mensais na internet, quando na realidade esse período chega a 70 horas mensais. Desse total, 13 horas são gastas em sites de relacionamento, o que faz deles os jovens mais sociais dos 12 países pesquisados (Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Estados Unidos, França, Índia, Inglaterra, Itália, Japão e Suécia).
Amigos virtuais
Um levantamento considerado positivo é o fato de os jovens brasileiros de 8 a 17 anos incluírem seus pais em suas vidas virtuais: 70% deles têm seus responsáveis em alguma lista on-line de amigos (comunicador instantâneo, e-mail, rede social ou outro), contra 25% na média global. Especificamente nas listas de e-mail, 79% dos jovens brasileiros acrescentam seus pais, enquanto 60% deles o fazem em sites de relacionamento.
Apesar de os adultos estarem presentes em suas vidas virtuais, 76% dos jovens do mundo admitem seguir as regras do mundo virtual criadas por seus pais o restante ignora essas "leis" ou pelo menos parte delas.
Em 2008, um em cada cinco usuários jovens disse ter sido reprimido pelos pais, devido a comportamento inapropriado na internet. Se considerado somente o Brasil, cerca de 33% dos pais descobriram que os filhos se comportavam de maneira inadequada no ambiente virtual. Quase metade deles (48%) disse que repreenderia jovens nesses casos.
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