A 99Taxis, startup brasileira responsável por um dos aplicativos de chamadas de táxi mais populares do país, está de nome novo. A partir de agora, a empresa passa a se chamar apenas 99. Apesar do número já servir há tempos como “apelido” do aplicativo para a maioria dos usuários, a mudança também representa uma nova aposta da startup, que lança no início do ano que vem um serviço premium, em uma parceria com táxis executivos de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Chamado de 99Top – justamente para se diferenciar da modalidade tradicional –, o serviço se aproveita das recentes discussões envolvendo as prefeituras das duas cidades quanto à regulamentação dos aplicativos de transporte, na esteira da polêmica envolvendo o Uber.
A previsão é que só em São Paulo a prefeitura libere ainda neste mês 5 mil autorizações para “táxis pretos”, que poderão cobrar uma tarifa até 25% mais cara do que a adotada nos veículos comuns, não terão taxímetros e só funcionarão por meio de aplicativos.
São justamente esses novos motoristas, que atuarão de maneira semelhante no Rio, que serão os novos parceiros da 99. Depois de cadastrar os condutores, a empresa oferecerá um treinamento a fim de garantir que os usuários do serviço tenham uma “experiência de uso premium”. Os taxistas continuam a trabalhar de forma independente, apenas tendo a opção de angariar passageiros por meio do app.
“A gente fez um esforço muito grande, entramos nessa discussão (da regulamentação) e conseguimos, junto com a prefeitura, o lançamento dessa nova categoria, o táxi preto. E agora queremos lançar um novo conceito de transporte individual, treinando esses prestadores de serviços e garantindo uma experiência diferenciada”, afirma o diretor de operações da 99, Pedro Somma.
Não é mera semelhança
A semelhança com o serviço prestado pelo Uber é óbvia – a empresa norte-americana tem nos veículos pretos sua marca registrada e ganhou popularidade por oferecer “mimos” gratuitamente aos passageiros durante as viagens, como bebidas.
Mesmo assim, a 99 evita qualquer tipo de menção à sua agora concorrente e foge da polêmica sobre a proibição do aplicativo. O Uber já anunciou que não se enquadra na nova modalidade proposta pela prefeitura de São Paulo e irá continuar operando normalmente com seus carros.