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Voz e dados

A “amora” chegou para ficar

Definitivamente, os smartphones inundaram o mercado brasileiro de telefonia. A explicação para o fenômeno é simples, afinal quem não quer acessar internet e e-mail pelo celular a um preço baixo? Testamos dois lançamentos da RIM, a empresa fabricante dos BlackBerry.

7100i não é bonito, mas e-mail e rádio são bom par

O casamento da funcionalidade do BlackBerry com o rádio digital da Nextel foi um dos mais felizes do mundo tecnológico brasileiro neste ano. Acessar e-mails e usar o Push to Talk (PTT) no mesmo aparelho móvel com certeza vai agradar o público corporativo. De acordo com a operadora, foram os próprios clientes que pediram a novidade – que parece estar se tornando obrigatória. Afinal, existem pesquisas que mostram um ganho de tempo de 60 minutos para quem anda com um smartphone no bolso. O sucesso foi tanto com o lançamento do modelo 7520, em maio, que a Nextel teve que adiantar a chegada do novo 7100i. O que era para ir às lojas no começo do ano que vem começou a ser vendido há poucas semanas.

O modelo recém-chegado tem um aspecto mais moderno do que seu antecessor. Os ícones dos programas são mais bem definidos. A tela, porém, é um pouco mais alongada. Isso porque o telefone é mais fino e comprido do que o 7520, o que tira um pouco sua aparência de smartphone. No entanto, estão lá as características que definem um telefone inteligente: acesso constante a e-mail, internet, messenger, portais wap, tarefas e anotações. Isso tudo pode ser sincronizado com o computador através de conexão sem fio por bluetooth. O teclado mantém o formato QWERTY, o padrão dos computadores de mesa.

O uso do celular é facilitado pela "rodinha" da lateral, que permite uma navegação rápida com o polegar. Para abrir mensagens ou programas, basta pressioná-la. Logo abaixo está o botão para voltar ao menu anterior ou cancelar a ação. Do outro lado fica o botão que só a Nextel oferece, do rádio digital. O serviço, que fornece um walkie-talkie de alcance internacional, já é conhecido. Por uma mensalidade fixa, o cliente pode falar o quanto quiser com outros usuários da operadora, sem pagar mais por isso. Não é de se estranhar que executivos que precisam estar disponíveis a qualquer momento gostam da solução.

Um dos poucos defeitos do aparelho é a dificuldade em acrescentar símbolos no texto, como uma simples @. Para fazer isso é preciso pressionar a rodinha e selecionar a opção inserir símbolo para só então escolher o caractere desejado. Existem atalhos, claro, mas eles não são intuitivos como em outros modelos. Outro ponto fraco é o design do 7100i. Quadradão e cinza demais, o telefone não se assemelha aos atraentes BlackBerry Curve – estes, no melhor estilo palmtop.

Curve permite acesso a documentos e apresentações

Começar a usar o BlackBerry Curve, da RIM, exige uma certa adaptação. A trackball do centro do smartphone é tão sensível que é preciso usá-la com delicadeza para navegar pelos aplicativos. Por outro lado, a funcionalidade dela é tamanha que dá para usar o aparelho quase o tempo todo só com o polegar. O bom é que a bolinha chega perto de substituir uma tela touchscreen, já que facilita a visualização de sites e mensagens. Aliás, o acesso a e-mails é um dos grandes atrativos deste modelo, porque, além de ser rápido e fácil, permite a visualização de fotos, PDFs e arquivos do Word e Excel na tela do aparelho. Só não dá para editá-los. Fotos e textos podem ser ainda encaminhados como mensagens SMS comuns.

O acesso à internet empolga, como sempre. Dá ficar conectado o tempo todo, inclusive ligado em algum messenger. Não lembra o nome de um filme? Basta entrar no IMDB e procurar pelo nome do ator. Quer ver o resultado da Mega- Sena? É só digitar no Google e pronto. No entanto, apesar dos limites de conexão relativamente altos da rede EDGE (o aparelho testado era da operadora Vivo, em tecnologia GSM), a baixa velocidade do Curve pode frustrar. A impressão é a de navegar em uma velha conexão discada, o que muitas vezes impede o carregamento de alguns sites e abusa da paciência do usuário.

De qualquer forma, nem sempre é bom ficar vendo sites que ainda não estão preparados para o acesso móvel e, por isso, são melhor desfrutados em computadores de mesa ou notebooks. Dentro de um carro, por exemplo, é necessário força de vontade para ler aquelas letrinhas e digitar com os pequenos botões do teclado QWERTY. Pelo menos é fácil de escrever, inclusive com símbolos e acentos, facilmente encontrados.

A câmera de 2 megapixels garante alguma diversão ou registro de momentos importantes, mas a qualidade da imagem não é lá das melhores. Pena também que para apreciar as fotos prontas não dê para usar a já comentada trackball. É preciso pressionar as letras "N" ou "V" (de onde veio isso?) para ir à direita ou à esquerda do álbum, respectivamente. A discagem ativada por voz também não funciona muito bem. É preciso adaptar o jeito de falar para conseguir telefonar sem discar.

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