O bruxo on line
Alguns dos sites com conteúdo ligado a Paulo Coelho
Site oficial
Conteúdo em 16 idiomas.Em português, inclui um capítulo do novo O Vencedor está Só, entrevistas e vídeos. E, é claro, um link para a loja virtual
Fã-clube oficial
http://paulocoelhofaclube.multiply.com
Comentários de admiradores, fotos de leitores com o autor e a agenda de eventos aos quais ele comparece. Na abertura, uma foto da "Rúa de Paulo Coelho", em Santiago de Compostela.
Pirate Coelho
http://piratecoelho.wordpress.com
Define-se como um "Un(?)offical website for fans". Inclui diversos links para traduções dos livros do autor. Pdfs ficam armazenados em outro endereço: http://public.box.net/piratecoelho.
Londres - Paulo Coelho com certeza não tem nenhuma objeção à venda de livros. Ele próprio já vendeu a fantástica soma de 100 milhões de cópias de seus romances. O que intriga é o fato dele também acreditar que seja uma boa idéia doá-los, assumindo assim a identidade de um pirata literário.
O autor descobriu o poder do "grátis" quando um fã publicou on-line a tradução em russo de um de seus romances. A venda dos livros disparou de 3.000 para 100.000 cópias, e ultrapassou a marca de1 milhão de exemplares vendidos em menos de três anos. "O fenômeno foi o mesmo para os idiomas inglês, norueguês, japonês e sérvio. Como resultado, na ocasião do lançamento do livro impresso, as vendas são espetaculares", declarou o autor. A febre é tamanha que o autor começou, ele mesmo, a pôr em seu próprio site links para versões piratas de seus livros.
Como tudo que é bom dura pouco, o mago acabou caindo em apuros com a Harper Collins, sua editora americana, ao alardear aos quatro cantos sobre esta fantástica descoberta. Foi em janeiro, na conferência Burda Digital Lifestyle Design, em Munique, Alemanha. "Paulo, pára com isso! Não ferre comigo", advertiu a então diretora da empresa, Jane Friedman. Ela o pegou em flagrante: uma das supostas versões não-autorizadas tinha anotações pessoais do autor prova de que ele estava pirateando a si próprio. Após o puxão de orelha, escritor e editora chegaram a um acordo: todo mês um livro diferente de Paulo Coelho será disponibilizado gratuitamente no site da editora, uma maneira oficial de evitar à auto-pirataria.
O mago também decidiu explorar novas fronteiras digitais. Ele criou um blog e está se divertindo a valer com a aventura de se escrever on-line. "Penso que a linguagem utilizada no blog é diferente da linguagem utilizada num jornal, certo? Para isto, devo me adaptar. Divirto-me muito fazendo isto".
Paulo está de fato atualizado e adaptado do ponto de vista tecnológico. Quando o visitei em seu apartamento em Paris ele tinha uma câmera de vídeo portátil que utilizava para ter conversas on-line com vídeo no site Seesmic.com. Sua assistente "sabe-tudo" de informática, Paula Bracconot, sugeriu que seus leitores tirassem fotos de si mesmos lendo os livros do mago e depois as postassem no site Flickr. O resultado foi estrondoso: centenas de fãs e leitores ávidos responderam a sugestão. Ao fazer uma conferência on-line com eles, a sala contou com mais de 10.000 pessoas.
Para o seu novo romance, O Vencedor está Só, ele convida o leitor a explicar o apelo das marcas da moda. Na sua obra anterior, A Bruxa de Portobello, ele pediu aos leitores que gravassem partes da estória a partir do ponto de vista de um dos personagens. Se obtiver bons resultados, um editor irá transformar as gravações em um filme: A Bruxa Experimental.
Fãs queriam vir do Japão para participar de festa
Paulo Coelho é um autor completamente moderno. Entretanto, ele ainda acredita no material impresso. Para ele, não existe o duelo do impresso versus a mídia digital. Tudo gira em torno de como adicionamos o digital ao impresso. "Fazer isto me dá grande prazer. Escrever é algo que se faz sozinho". Ele se lembra da noite do ano de 2006 em que leu que havia se tornado o segundo no ranking dos autores que mais vendem livros no mundo. Ele mal conseguia se controlar. "Meu Deus! Minha esposa estava dormindo e não havia ninguém com quem compartilhar a notícia".
A situação mudou com o advento de seu blog. Ele pode agora compartilhar qualquer coisa com milhões de pessoas. Para Paulo, o mundo digital se resume a uma palavra: relacionamento. A internet é um grande canal para se obter isso. Prova disto é a enorme conectividade que ele tem com seus leitores. Mesmo assim, o mago não dispensa o encontro face a face quando possível. Ele chegou a postar em seu blog que gostaria de convidar alguns leitores para uma festa em uma localidade exótica da Espanha e se surpreendeu ao ver gente disposta a vir do Japão para prestigiar o evento. Começou então a ter o hábito de convidar leitores para suas festas. "O que mais eu poderia fazer?", ele me perguntou em Paris. Na hora fiquei aturdido com a pergunta, mas acho que dei uma boa sugestão. Sugeri que a próxima vez que ele estiver em um café e se sentir entediado, ele deveria publicar isto em seu blog. Com certeza pelo menos alguns dos leitores daquele bairro ou região iriam passar no local para acompanhá-lo em uma xícara.
Para eles, o mago não é apenas um escritor, é seu amigo.
Jeff Jarvis é professor de jornalismo da City University, em Nova Iorque, e é autor do blog buzzmachine.com. Este artigo foi escrito originalmente para o jornal britânico The Guardian.
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