Ficha técnica
Catherine
Plataforma: X360 e PS3
uCategoria: Quebra-cabeça
Preço: R$ 160
Pró: Boa união de diversos gêneros
Contra: Multiplayer desnecessário
Notas
Xbox nacional
A Microsoft anunciou na semana passada o início da produção do Xbox 360 no Brasil. Com isso, o console terá queda no preço e será vendido oficialmente a R$ 799 na versão mais básica, com 4 GB de memória interna. O kit mais completo, com Kinect, que continuará a ser importado, e HD de 250 GB passa a custar R$ 1.399. Segundo o comunicado, a fabricação será feita em Manaus com produção estimada de 17 mil peças por semana.
Arrasa-quarteirão
Gears of War 3, exclusivo para Xbox 360, vendeu mais de 3 milhões de cópias somente na semana de estreia, de acordo com informações do diretor de conteúdo da Xbox Live, Larry Hryb. Se confirmados os dados, este seria o título com maior sucesso comercial do ano, com arrecadação em torno de US$ 1 bilhão. Mas sempre tem a série Call of Dutty no fim do ano para quebrar todos os recordes.
Reformulação da Home
A Sony prepara uma forte renovação na estrutura da Playstation Home, espécie de simulador 3D de redes sociais exclusivos para usuários do Playstation 3. Até o fim do ano a empresa promete lançar a atualização 1.55 que trará entre as principais novidades mudanças significativas nos menus e uma espécie de relatório de atividades desde a última conexão, algo parecido com a "timeline" do Facebook. Também haverá melhorias cosméticas, como novo esquema de cores e descrição dos itens do cenário.
Existe um abismo entre o olhar oriental e ocidental no mundo dos games. Enquanto nos EUA e Europa jogos de tiro em primeira pessoa e de esportes costumam dominar a lista dos mais vendidos, no Japão RPGs, Puzzles e simuladores de robôs e monstros recebem muito mais atenção dos consumidores. Os rankings de vendas comprovam a afirmação toda semana. Por isso, é comum que muitos títulos lançados em terras nipônicas nunca chegar de forma oficial para os lados de cá. Dá para importar, mas será preciso enfrentar a barreira da linguagem para conseguir entender o que se passa na tela. Mas há as exceções, como Catherine, que, mesmo mantendo todos os padrões para agradar ao pitoresco gosto de um público específico, rompeu barreiras e ganhou lançamento mundial.
Catherine pode ser definido como uma união de simulador social e quebra-cabeça conduzido por um "anime", com boas doses de insinuações sexuais. Não é um jogo padrão, de fácil digestão. Recomenda-se testar a versão de demonstração antes de investir alguns reais.
O enredo principal conta a história de Vicente, um engenheiro que leva uma vida medíocre e sem grandes sobressaltos. Seus sentimentos entram em colapso quando a namorada Katherine (com "K") começa a fechar o cerco para que os dois se unam oficialmente. A ideia de casamento causa pânico em Vicente. As coisas pioram ainda mais quando ele conhece Catherine (agora com "C") e volta a praticar a arte do flerte.
Em paralelo, a cidade enfrenta uma série de assassinatos envolvendo sonhos, no estilo "Hora do Pesadelo". Vicente rompe a barreira da realidade e começa a enfrentar desafios durante suas madrugadas.
A jogabilidade é dividida basicamente entre os dois mundos. O desperto é basicamente um Second Life, com interação com outros personagens em bares e outros lugares públicos. Quando desacordado, Vicent é jogado numa espécie de limbo no qual precisa descobrir como se manter vivo. O jogo vira um quebra-cabeça. O jogador deve escalar e movimentar blocos até chegar um ponto específico do cenário, onde há a salvação. Precisa ainda se livrar de uma espécie de ovelhas humanoides. A confusão vai aumentando conforme o relacionamento com Catherine vai se estreitando.
Numa referência à culpa da infidelidade usando signos orientais.
Entre estes dois cenários, Vicent ainda tem que enfrentar uma espécie de confessionário com perguntas íntimas. As respostas dadas pelo jogador influenciam na personalidade do personagem, que vai sendo moldada e altera os desfechos da trama.
Tanta mistura de gêneros deixa o jogo com uma difícil classificação e muito mais interessante. Também ajuda a aproximar o olhar de dois públicos tão distintos, mesmo que com um certo atraso. Catherine só foi lançado nos EUA seis meses depois do Japão. A Europa só receberá uma versão em 2012.
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