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Agronegócio

A dança das tarifas

1) As mudanças nas tarifas de exportação de trigo pela Argentina começaram em outubro. Na época, os produtores brasileiros diziam que os argentinos estavam exportando trigo como se fosse pré-mistura para pagar menos impostos. A Casa Rosada igualou as alíquotas dos dois produtos, elevando a da pré-mistura (de 5% para 10%) e reduzindo a do trigo (de 20% para 10%).

2) Três meses depois, no início deste ano, houve nova alteração: a tarifa da pré-mistura foi fixada em 5% novamente. Na prática, os dois produtos tiveram redução de imposto e as tarifas continuaram diferentes: 5% e 10%. Os produtores brasileiros reivindicam que as duas alíquotas sejam de 20%.

3) O Brasil importa bem mais trigo (700 mil toneladas/mês) do que pré-mistura (40 mil toneladas/mês), e 90% desses produtos vêm da Argentina, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A importação de trigo puro disfarçado de pré-mistura, para se pagar imposto de 5%, pode voltar a ser um problema. No ano passado, de 200 caminhões fiscalizados no Brasil, oito tinham carga camuflada.

4) A principal desvantagem dos moinhos brasileiros está no preço do trigo. Os moinhos da Argentina pagam US$ 120 por tonelada do produto nacional. O mesmo produto é vendido aos processadores brasileiros por US$ 156, mais impostos e transporte, custando cerca de US$ 190 por tonelada. O produtores de trigo do Paraná recebem cerca de US$ 200 por tonelada.

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