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A Volkswagen, maior das quatro montadoras instaladas no Paraná, é a que passa pelos maiores problemas. A companhia anunciou uma reestruturação que tem como principal medida a demissão de até 6 mil funcionários no país, pelo menos 900 na fábrica de São José dos Pinhais. Desde o início do ano, a empresa já demitiu quase 300 funcionários na unidade, e tomou outras providências para reduzir os custos – por exemplo, quatro férias coletivas em apenas sete meses.

O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (Simec), Jamil Dávila, diz que as demissões previstas no plano de reestruturação devem ocorrer a partir de janeiro, pois até o fim do ano a unidade seguirá trabalhando em três turnos, para atender aos contratos já fechados. Com o fim de um deles, a produção diária cairá dos atuais 810 veículos para 550.

Com o fim da produção do Audi A3, e o esperado encerramento da linha do Golf, a fábrica vai se limitar à produção do Fox para o mercado interno e para a América Latina. Segundo especialistas, a unidade paranaense deve disputar com a Argentina os dois novos modelos da linha Fox, um sedã e uma picape ou minivan – mas a possibilidade de vitória é uma incógnita.

Embora a Volks atribua suas dificuldades exclusivamente ao câmbio, analistas ponderam que a montadora tem problemas de gestão no Brasil e na matriz, além de ineficiência e ociosidade em fábricas como a de São Bernardo do Campo (ABC paulista), maior e mais antiga no país. Lá, 12,4 mil funcionários produzem apenas 180 carros a mais por dia que os 3,8 mil empregados paranaenses.

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