São Paulo A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deu um passo para trás no pregão de ontem, com investidores cautelosos à espera da reunião do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), que ocorre hoje. O Ibovespa, indicador que segue os preços das ações mais negociadas, desvalorizou 1,02%, aos 64.383 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6,25 bilhões, na média do mês. Nos EUA, a Bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 0,56% (Dow Jones).
O dólar comercial foi negociado a R$ 1,754 para venda, com declínio de 0,05%. O Banco Central voltou a intervir e adquiriu dólares a R$ 1,754 (taxa de corte).
Há praticamente unanimidade entre analistas do mercado financeiro de que o Fed vai reduzir a taxa básica de juros em sua reunião de hoje. Especialistas acreditam que a taxa será reduzida de 4,75% para 4,50%, sancionando a percepção de que a autoridade monetária americana está disposta a evitar uma recessão na maior economia do planeta.
"O mercado está operando nos topos [em nível recorde] e era natural que houvesse alguma realização [venda de papéis muito valorizados]. Hoje [ontem] também houve o recuo dos preços do petróleo, o que afetou as ações da Petrobras", afirma Luís Leci Dozol, supervisor financeiro da corretora Manchester.
O preço da commodity interrompeu uma sequência de três recordes consecutivos e perdeu US$ 3, pouco antes da atualização semanal das reservas americanas.
A ação preferencial da petrolífera foi, disparada, um dos papéis mais negociados da Bovespa, com giro financeiro de R$ 1 bilhão. O ativo desvalorizou 3,6% e foi negociado a R$ 70,18.
Empresas
A notícia de que o governo ampliou o financiamento imobiliário para a classe média deu novo impulso para as ações do setor negociadas na Bovespa. A ação ordinária da Cyrella teve uma das maiores altas do Ibovespa, com valorização de 6,74%, a R$ 28,50, enquanto a ordinária da Gafisa subiu 1,97%, a R$ 30,50.
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