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A guerra (do bem) entre os novos androides sociáveis da Motorola

O Backflip, com seu teclado diferente, e o Dext: ligados todo o tempo na web | Divulgação/Motorola
O Backflip, com seu teclado diferente, e o Dext: ligados todo o tempo na web (Foto: Divulgação/Motorola)

Depois de amargar a última posição nas vendas entre os fabricantes de smartphones no ano passado, a Motorola – que já chegou a liderar o mercado – resolveu esboçar uma reação com o lançamento de uma série equipada com o motoblur, tecnologia de software que ajuda na integração das redes sociais. No Brasil, a família é composta por três aparelhos, e a Gazeta do Povo testou dois deles: o Dext e o Backflip (o Quench ficou de fora).

Dext e Backflip são celulares irmãos que lutam pelo posto de número dois da fabricante no Brasil – à frente está o Milestone, para muitos o melhor celular disponível hoje no país. Os concorrentes têm mais semelhanças do que diferenças: ambos são equipados com wi-fi, tela touchscreen, câmera de 5 megapixels com foco automático, GPS, 3G e rodam em sistema Android 1.5 (o sistema operacional do Google, que já possui versões 2.0 e 2.1, mais rápidas, mas ainda não nesses aparelhos; a Mo­­torola promete atualizá-los, mas não fornece datas).

Os aparelhos também possuem teclados físicos qwerty – sempre um atrativo bacana num smartphone. Nesse quesito, porém, Dext e Backflip apresentam algumas diferenças importantes. O Back­flip possui um design diferente de tudo que há por aí, especialmente no mundo dos Androids. O formato do aparelho faz com que, quando fechado, teclado e tela fiquem em lados opostos. A mecânica tam­­bém permite deixar o telefone "sentado" numa mesa, em ân­­gulo de 90.º graus, facilitando o uso do aparelho no momento de assistir a um vídeo ou quando for preciso usá-lo como relógio.

A Motorola ainda colocou um trackpad na parte de trás da tela. Quando aberto, basta rolar o dedo por trás da tela para navegar na web, sem prejuízo para a visualização das informações – algo comum quando é preciso navegar usando o touchscreen. A câ­­mera na parte da frente também ajuda na hora de tirar um autoretrato ou realizar uma videoconferência.

No Dext, o teclado é do tipo slider (que se esconde atrás da tela), modelo mais comum entre os smartphones. Por causa disso, seu tamanho também é menor. Para acionar os números, por exemplo, é preciso usar a tecla ALT, operação que toma um pouco de tempo. Apesar disso, quando comparado às teclas do Back­flip, o teclado do Dext se mostra muito mais fácil de usar, principalmente porque as teclas são mais "pontudas" e mais distantes entre si. Uma falha notável no Dext é a ausência do flash, bastante estranha para um telefone equipado com câmera de 5 megapixels (o Backflip vem com flash).

Software

Em se tratando software, os dois aparelhos são muito parecidos. Os dois usam o serviço motoblur, um "skin" para o Android criado pela Motorola para ajudar o usuário na in­­tegração com as re­­des sociais. A ideia é de um telefone ligado o tempo todo na web. Uma vez feito o login nas principais redes sociais – Twitter, Facebook, Last.fm – o telefone carrega os feeds desses serviços automaticamente. Ou­­tra opção é de fazer uma atualização de status uma única vez, e ela é direcionadas para todas as suas redes sociais. O maior problema é justamente com o consumo de dados. É preciso cuidar, ou os feeds vão ter um preço alto no fim do mês.

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